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Editorial - Porque tamanho segredo?
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Porque tamanho segredo?
Porque tamanho segredo?

EditorialEdição 65520/04/2016

Até o fechamento dessa edição, na manhã de ontem (19/04), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí – CBH Sapucaí, cujo ex presidente da EARSI – a instituição em nome da qual foi repassado o dinheiro, e atual presidente da Transparência Itajubá, Wander Machado declarou que  se alguém “quisesse ver a prestação de contas, mais  de 500 mil reais recebidos do governo do Estado, que fosse lá (em Belo Horizonte)”, porque eles não o fariam, não houve qualquer resposta mais convincente sobre a aplicação desses meio milhão de reais de dinheiro público pelos antigos gestores do Comitê, da EARSI – nem pela Transparência Itajubá, cujo presidente alega que fora ele mesmo que, “debaixo do braço” e “de ônibus” levara a documentação da suposta prestação de contas à Belo Horizonte e a entregara – a quem, também não esclareceu. 
Ninguém está dizendo, nem insinuando, que os recursos não foram aplicados, ou foram mal aplicados ou – pior – malversados, porque ninguém é leviano a esse ponto, sem que hajam provas contundentes de alguma dessas improváveis hipóteses, mas é absolutamente certo que não apenas o secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Itajubá, que lançou a cobrança da aplicação de tão vultoso valor recebido pelo CHB – um valor que quase ninguém sabia, até a semana passada, que havia sido objeto de repasse pelo Governo do Estado à entidade – tem o direito de saber sobre sua aplicação, mas toda a população itajubense e mineira, pois que se trata de recursos públicos. 
O jornal Itajubá Notícias entrou em contato com a Diretoria de Convênios da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), que repassou os recursos à EARSI, e confirmou que, de fato, no início desse ano, teria sido apresentada uma prestação de contas que estaria, ainda, “em análise”, e cujos documentos estariam, em tese, à disposição de “qualquer cidadão” (veja reportagem na página 8), mas a burocracia é tamanha – inclusive o cidadão tem que acessar o site da SEMAD, para fazer o requerimento – e, depois, ir a Belo Horizonte buscar as cópias (que devem ser pagas), que torna-se impossível ao cidadão comum, o verdadeiro dono do dinheiro, examinar a documentação. 
O que causa estranheza ao secretário de Meio Ambiente  e a todos os cidadãos, certamente, é que, por óbvio, a antiga diretoria da EARSI, possui as cópias daquela documentação – que, estranhamente, não se encontraria nos arquivos da EARSI, onde deveriam estar –, mas silencia-se quando instada a apresentá-los, o que contraria o espírito tanto de uma instituição séria, como da própria Transparência Itajubá. Afinal, não estamos tratando de verbas secretas, razão pela qual não se justifica tamanho “segredo” em torno de sua aplicação.


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