Há quem diga que nada se tem a comemorar quando fazemos aniversário. Essa conclusão alguns tiram da lógica incontestável que a cada ano vivido, na verdade, termos menos um ano a viver, pouco importa se estaríamos programados para vivermos 50, 70 ou 110 anos. O argumento é o de que somente se vive nove meses, porque no resto do tempo a gente morre, como Moacyr Franco canta na letra de ‘Pedágio’, uma de suas mais belas canções, ou que a gente mal nasce e começa a morrer, como na de Vinícius de Morais (‘Sei lá...A vida tem sempre razão...’). Comemora-se, então, um ano a menos de vida, agradecendo pelos anos que se conseguiu viver até então e torcendo-se para continuar comemorando nos anos seguintes até ultrapassar, pelo menos, a média nacional – se for a chinesa, tanto melhor. Isso vale para os humanos, as chamadas ‘pessoas físicas’ e para nossos animaizinhos de estimação. Uma empresa, a chamada pessoa ‘jurídica’, ultrapassa os conceitos de longevidade válidos para os seres orgânicos, vegetais ou animais. Não há limites temporal, territorial ou de qualquer outra natureza para sua existência, salvo aqueles impostos pela incompetência ou conjuntura política, essa mais destrutiva que a primeira, mas nunca invencível, sobretudo para as empresas que dedicam-se à informação, à verdade e à comunicação social, exercida com honestidade de princípios e de propósitos. Nessa semana o Itajubá Notícias completa 14 anos de atividades ininterruptas, mesmo tendo sua marca administrada por duas empresas ao longo dessas atividades e, justamente, em virtude da força destrutiva da conjuntura política que vivemos em nossa cidade há algum tempo, que, esperemos, nunca mais retorne. São 14 anos com seus profissionais trabalhando para levar aos nossos leitores a informação sem distorções, sem má fé, sem picuinhas pessoais, políticas, sem dor de cotovelo pelo sucesso alheio que, aliás, sempre fizemos questão de comemorar com aqueles que o obtém honestamente em todos os sentidos. É por isso, e somente por isso, que o Itajubá Notícias comemora, nessa semana, leitor, com você e com nossos anunciantes e sempre parceiros, esses 14 anos, porque não serão 14 anos a menos no futuro, mas 14 séculos – e sem limites.

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