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Editorial - Dilma repete Collor e Itajubá sofre
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Dilma repete Collor e Itajubá sofre
Dilma repete Collor e Itajubá sofre

EditorialEdição 59811/03/2015

Segundo o presidente do Simmei, em entrevista ao Itajubá Notícias publicada na ultima edição, “2015 será um ano com muitas demissões em Itajubá”. Não apenas muitas demissões e, provavelmente, raríssimas admissões veremos no mercado itajubense de produção e comércio de bens e serviços, mas também de investimentos públicos, já que qualquer crise que atinja a economia privada num pais capitalista atinge também os investimentos e serviços públicos. Não é novidade. Todos sabemos que 2015 será um ano de muitas demissões em todo o país, menos, talvez, em alguns setores de Brasília, onde o governo, certamente, continuará garantindo o sustento dos apadrinhados. E, por falar em Brasília, o lamentável – porque é sempre lamentável quando um povo perde a confiança em seu governo – episódio nada isolado ocorrido no último domingo envolvendo a presidente da República, torna-se, ao contrário do que alguns palacianos ainda tentam fazer a população acreditar, extremamente preocupante para o futuro do país e nosso, aqui nas terras da Mantiqueira. O panelaço e buzinaço que se viram em pelo menos 12 capitais brasileiras, e diversas outras cidades de grande e médio portes, numa demonstração de que a população já não quer nem mais ouvir o que a presidente tem a falar, justamente quando veio à televisão para homenagear o Dia Internacional da Mulher, remete-nos às lembranças do  ano de 1992, quando o então presidente Collor de Melo, acuado não apenas por denúncias de corrupção em seu governo, mas pelo fracasso retumbante do famigerado Plano Collor de salvação da economia, pediu aos brasileiros que saíssem às ruas vestindo verde e amarelo em seu apoio, e viu, no dia seguinte, a população vestir-se de preto ao sair às ruas. A presidente atual viu-se vaiada ao lado do representante da Fifa, nos estádios brasileiros aos quais compareceu durante a Copa do Mundo do ano passado, em pleno inicio da campanha eleitoral, mas fez vistas grossas e ouvidos moucos ao grito da sociedade. Foi a protagonista de uma campanha em que prometeu tudo aquilo que, sabia de antemão, não iria cumprir, pelo contrário, faria exatamente o inverso, como o fez, inclusive mexendo nos direitos sociais dos trabalhadores (rendimentos do FGTS, Seguro desemprego, Pis, por exemplo). Não mexeu (ainda), como Collor o fez, nas poupanças dos brasileiros (caderneta ou outras formas de investimentos), mas perdeu completamente a confiança nacional. O empresariado desconfia, o trabalhador desconfia e até o especulador financeiro desconfia de suas palavras e intenções, e as redes sociais, de controle praticamente impossível, encarregam-se de disseminar os chamados para protestos. Aloísio Mercadante, seu fiel escudeiro e pretendente à sua sucessão no Palácio do Planalto, cuida de entornar mais ainda o caldo, ao declarar que “no Brasil não há terceiro turno nas eleições”, numa atitude arrogante, como sempre foi de seu costume e do próprio partido. Já vimos esse filme há muitos anos: a vaca (aqui sem alusão às ofensas pessoais que alguns gritavam das janelas contra a presidente) está indo para o brejo.


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