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Editorial - A insatisfação dos taxistas
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A insatisfação dos taxistas
A insatisfação dos taxistas

EditorialEdição 59511/02/2015

A legislação que rege as permissões para taxistas exige que tenham veículos relativamente novos e manutenção esmerada. A manutenção, por sinal, muito mais do que exigência legal, constitui-se em exigência do mercado: o taxista que tiver um carro que não pode ver oficina que já quer entrar, ou que não zele pela limpeza perfeita de seu instrumento de trabalho, está fadado a ficar parado no ponto, enquanto seus colegas ganham dinheiro rodando. Isto não custa barato, por óbvio. Todo negócio tem seu chamado ponto de nivelamento. Em economia, ponto de nivelamento é o faturamento que precisa ter um empreendedor para cobrir seus custos fixos e variáveis, a fim de que seu negócio sobreviva. Num táxi, o custo fixo, por exemplo, é a prestação do veiculo, normalmente adquirido via financiamento. É fixo, hoje em dia, porque nos últimos anos tais financiamentos são feitos mediante prestações fixas, sem que sobre cada uma incida correção monetária, num sistema adotado pelos bancos desde que a economia estabilizou-se com o Plano Real. Contudo, pesam extremamente os custos variáveis: consumo de combustível por cada viagem realizada pelo veiculo, seu desgaste, lubrificação, consumo de pneus e diversos outros itens. Os rendimentos obtidos, portanto, terão que cobrir todos esses custos e proporcionar o lucro, ou seja, aquilo que sobrará no bolso do taxista no final do dia, semana, mês, pouco importa, com o qual se sustentará e à sua família. Na semana passada, o IN publicou que os motoristas de táxi de Itajubá estariam insatisfeitos com o aumento da tarifa autorizada pela Prefeitura. É que esse aumento foi estudado e autorizado antes da bomba que o Governo Federal jogou em cima de todos nós, com a elevação estúpida dos preços dos combustíveis e demais derivados do petróleo, inclusive, evidentemente, os óleos lubrificantes e até mesmo do etanol ou gás veicular. Por outro lado, a repercussão dos demais aumentos de preços, tanto os controlados pelo governo, como os não controlados – energia elétrica, num caso, gêneros alimentícios, de outro, para dar apenas dois exemplos – não apenas aumentaram os custos variáveis do empreendimento do taxista, como também diminuíram seus ganhos, há quem vai gastar mais do que seu lucro para sustentar-se, se quiser continuar a manter o mesmo padrão de vida, o que, aliás, é um direito de todo aquele que não seja vagabundo e trabalhe nesse país. Por outro lado, se autorizado um reajuste nos taxímetros que mantenha a relação econômico financeira do empreendimento dos taxistas, sofrerá o bolso do cidadão que, porventura, utiliza seus serviços. Está aí uma equação que precisa ser fechada com bom senso.


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