Muito cobrado desde o início de sua primeira gestão, o prefeito Rodrigo Riera veio, ao longo desses quase 8 anos de mandato, lutando pela construção do aeroporto itajubense e pela construção do elevado no trevo que interliga a Rodovia BR-459, a rodovia Itajubá/Piranguçu e o bairro Jardim das Colinas, na entrada da cidade. 
O aeroporto começou, parou, recomeçou, parou de novo, e, quem sabe, um dia, talvez, fique pronto. Contudo, se o aeroporto pode esperar, o trevo do Jardim das Colinas já se reveste, há bastante tempo, de urgência urgentíssima. Não há como construir uma obra de tal porte com recursos próprios do município, o que é evidente. Por outro lado, trata-se de uma rodovia federal que vem cortando a cidade desde, praticamente, a metade da distância entre Itajubá e Piranguinho, já que nossa zona urbana vem crescendo assustadoramente para aquele lado, ao contrário da saída para a Serra da Mantiqueira, cuja extensão urbana parou com o bairro Santa Rosa. 
Nesta edição publicamos matéria de capa anunciando que, finalmente, o DENIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, órgão do governo federal, anuncia que já está em condições de iniciar os procedimentos das desapropriações necessárias para a construção da obra. Boa notícia. O bairro Jardim das Colinas iniciou-se com a construção pela antiga Caixa Econômica do Estado de Minas – a MINASCAIXA – de duas centenas ou mais de casas populares. Paralisadas as obras, ainda na década de 1990, os imóveis já prontos ou ainda em construção foram invadidos pelos futuros beneficiários e até quem não era beneficiário, mas aproveitou-se da situação de balburdia que tomou conta do empreendimento, desde que a MINASCAIXA foi extinta. Ao “Deus dará”, o bairro acabou se consolidando como uma grande comunidade, ganhando cada vez mais construções, comércio, serviços e, já que nenhum político se atreveria a abandonar tamanho eleitorado, obras públicas de saneamento e pavimentação de suas ruas, fundindo-se a loteamentos privados. Surgiu e desenvolveu-se, exponencialmente, o perigo que a rodovia BR-459, que passa ao seu lado, significa para aquela população, sobretudo no ponto onde cruza-se com a entrada do bairro e a rodovia para Piranguçu, um “trevo” perigosíssimo cujo número de acidentes ao longo desses anos é muito mais do que preocupante, mas verdadeiramente assustador. Não se sabe quando a obra será iniciada, nem ninguém de nós pode se atrever a dar previsões de sua conclusão, porque, como sabemos, vivemos no Brasil. Mas, o anuncio das desapropriações, pelo menos, reascende a esperança.

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