Não há como ignorar. Todos nós sabemos que o povo brasileiro já está, para usar uma expressão popular, “de saco cheio” com as notícias sobre o Corona Virus e a doença que ele provoca, a COVID-19. Realmente, há semanas que jornais, telejornais, radiojornais, webjornais, blogs e sites e até os fofoqueiros de esquinas só falam nele. Somos de um tempo em que Corona era “um banho de alegria, num mundo de água quente”, como nos lembrou uma postagem bem humorada nas redes sociais, sobre uma antiga propaganda de um chuveiro elétrico. Mas não há, também, como ignorar que há uma pandemia, e o melhor dos “remédios” para evitarmos nos tornar vítimas diretas dela - mesmo porque vítimas indiretas todos, absolutamente todos, já o somos – é a melhor informação, sem histerias, mas com responsabilidade e o devido cuidado para não espalharmos as infelizmente já tradicionais “fakes” que já vemos pelos mais diversos meios de comunicação, internet sobretudo. 

Autoridades político administrativas do mundo inteiro estão tomando suas providências. Itajubá não é exceção: nesse fim de semana, o prefeito Rodrigo Riera anunciou que estão suspensas as comemorações públicas do aniversário da cidade, que começariam amanhã, com grandes shows no Parque da Cidade. Luan Santana, Zezé de Camargo e Luciano e os outros artistas contratados terão que esperar mais um pouco para receberem seus cachês, e seus fãs para sacolejarem ao som de suas vozes e instrumentos. 
As autoridades do setor da saúde pública trabalham incansavelmente para tratar eventuais infectados. O primeiro brasileiro a apresentar a doença já está curado, e diversos outros logo estarão. Em Itajubá, por enquanto, há suspeitas, mais que suficiente para que o sinal vermelho tenha se acendido. Escolas públicas e particulares suspenderam suas aulas. Nem de longe estamos diante de uma gripe espanhola, que assolou o mundo na década de 1920, mas não podemos e não vamos facilitar a disseminação de um vírus que, se possui um grau de letalidade muito menor que o da Dengue, já foi capaz de derrubar boa parte da economia mundial, coisa que o mosquito não conseguiu ao longo de mais de 20 anos que vem assolando países com baixo índice de saneamento básico, como o Brasil. A responsabilidade da imprensa é informar sem alarmar, sem provocar histerismos, sem levar a população que confia em suas informações ao desespero. Nessa edição, o Itajubá Notícias traz quase metade de suas páginas sobre o tema, porque é extremamente importante que a população itajubense dele se intere na sua plenitude. Informamos como devem ser todas as informações que se passem ao público: com extrema responsabilidade. E, a cada edição semanal, a cada alteração na nossa página da Internet, procuraremos manter os itajubenses e a região informados dos progressos – ou, tomara, dos retrocessos – da doença e dos resultados obtidos com seu combate. 

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