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Eleições 2020: Dr. Bob, candidato independente?

Eleições 2020: Dr. Bob, candidato independente?
Dizem ser originalmente de Oto Lara Resende, advogado, jornalista e escritor (1922/1992) a frase “a oposição só se une na cadeia”, que os grupos de oposição ao Regime Militar de 1964 converteram para “a esquerda só se une na cadeia”. Houve um tempo, no Brasil, em que haviam apenas dois partidos políticos e foi, justamente, entre 1966 e 1982, sob o Regime Militar: a Arena e o MDB, jocosamente chamados de partidos do “sim” e do “sim senhor” pelos detratores do bipartidarismo, que vigorou até dezembro de 1979, quando reabriu-se o leque partidário, permitindo que hoje tenhamos 35 partidos em atividade e nada menos do que 75 outros tentando seus registros no TSE. Mas, mesmo sob o bipartidarismo, situação e oposição política a níveis municipal e estadual, aproveitaram-se da brecha criada pela legislação então vigente e surgiu mais uma “jaboticaba” brasileira: as sublegendas. E, com as sublegentes, tínhamos diversos candidatos a cargos nas eleições majoritárias – prefeitos, porque governadores e presidentes eram eleitos pelo voto indireto – pelo mesmo partido. Havia o candidato do MDB 1 , supostamente, disputando contra o candidato do MDB 2, MDB 3, assim como haviam os da ARENA 1, ARENA 2, ARENA 3. União entre os candidatos, principalmente da oposição, fosse, no município, a oposição representada pelo MDB ou pela ARENA, nem mesmo na cadeia.