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Programa inédito para a Unifei, é cancelado por falta de verba
Programa inédito para a Unifei, é cancelado por falta de verba
ProAntar, ou Programa Antártico Brasileiro, é um projeto iniciado na década de 1980 que conta com diversos financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é coordenado por diferentes centros de pesquisa e universidades brasileiras. Seria uma grande inovação para a Unifei, mas, após Marcelo de Paula Corrêa, diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, receber um e-mail do CNPq reafirmando que a contratação do projeto estava condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira de 2019, ou seja, que o projeto anteriormente aprovado pelo CNPq não aconteceria devido aos cortes orçamentários feitos pelo Governo Federal. Antes de receber a notícia do cancelamento, Marcelo, que havia sido convidado pelos colegas de outros centros de pesquisa e universidades para ser o coordenador geral do projeto, estava muito animado com os inúmeros benefícios que o programa traria para a Unifei.
VariedadesEdição 84211/12/2019

ProAntar, ou Programa Antártico Brasileiro, é um projeto iniciado na década de 1980 que conta com diversos financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é coordenado por diferentes centros de pesquisa e universidades brasileiras. Seria uma grande inovação para a Unifei, mas, após Marcelo de Paula Corrêa, diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, receber um e-mail do CNPq reafirmando que a contratação do projeto estava condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira de 2019, ou seja, que o projeto anteriormente aprovado pelo CNPq não aconteceria devido aos cortes orçamentários feitos pelo Governo Federal. Antes de receber a notícia do cancelamento, Marcelo, que havia sido convidado pelos colegas de outros centros de pesquisa e universidades para ser o coordenador geral do projeto, estava muito animado com os inúmeros benefícios que o programa traria para a Unifei. 
Em entrevista para o Itajubá Notícias, ele disse que “Seria fantástico trazer um projeto dessa envergadura para uma universidade de pequeno porte e fora dos principais polos de educação e pesquisa do país. A Unifei é nacional e internacionalmente reconhecida pela qualidade dos tradicionais cursos de engenharias. Porém, um projeto ProAntar traria um novo holofote para a universidade e a colocaria em um novo patamar de pesquisa científica. Além disso, o projeto previa um bom número de bolsas de estudo e, consequentemente, contribuiria fortemente para a formação de nossos estudantes de graduação e pós e também para nossos pesquisadores”. O ProAntar chamaria a atenção de novos investidores para Itajubá, além da Unifei já ser responsável por grande parte do PIB da cidade. O projeto, que contaria com a USP, UFRN, INPE, IPEN, UFSM, UFOPA, Univ. de Magallanes (Chile), Univ. Mayor de San Andrés (Bolívia) e Conicet (Argentina), desenvolveria estudos, principalmente, sobre transportes de poluentes entre a América do Sul e a Antártica, impactos sobre a camada de ozônio, efeitos das mudanças climáticas, avaliações de radiação solar na região e uma série de estudos multidisciplinares com áreas como biologia, medicina e energia. 
Os avanços científicos que poderiam surgir como consequência das pesquisas desenvolvidas pelo projeto serão impossibilitados, diante da ausência de investimento público, o que contraria as prioridades financeiras dos países desenvolvidos. O CNPq disse ainda, no e-mail enviado para Marcelo, que, caso a Unifei conseguisse recursos privados, o Conselho iria se dispor a firmar um Acordo de Cooperação com as instituições envolvidas, formalizando a inclusão do projeto, porém, Marcelo não está muito confiante sobre conseguir financiamento de empresas privadas, pois apesar de abrir portas para estudos de interesse de iniciativa privada, os deslocamentos à Antártica precisam de suporte público, uma vez que envolvem a Marinha e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “A Reitoria da Unifei tem se empenhado em dar apoio e realiza esforços para reverter a situação junto ao CNPq e autoridades. Porém, as perspectivas são pouco animadoras. Esperamos que haja reflexão por parte de nossos governantes” finaliza Marcelo de Paula Corrêa.

 


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