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Laudo da PC identifica produto tóxico em cerveja da Backer, que causou mortes em BH
Laudo da PC identifica produto tóxico em cerveja da Backer, que causou mortes em BH
A marca da cerveja, Belorizontina, pode ser comprada em Itajubá
Variedades Notícia Destaque 09/01/2020

A cerveja, Belorizontina, pode ser comprada em Itajubá

Em laudo emitido pela Polícia Civil, especialistas indicam a presença da substância dietilenoglicol na cerveja Belorizontina, da marca mineira Backer. A instituição confirmou que o laudo é autêntico e foi emitido nesta quinta-feira (9).

Conforme aponta o documento, em duas amostras de cerveja encaminhadas pela vigilância sanitária, foi identificada a presença da substância, em exames realizados preliminarmente. Ambas pertencem aos lotes L1 1348 e L2 1348.

A substância pode ter sido a causadora da "doença misteriosa" que, até agora, acometeu pelo menos oito pessoas em Belo Horizonte. Uma delas morreu.

A respeito do laudo da Polícia Civil, a cervejaria informou que não vai se posicionar por enquanto.

O que é o dietilenoglicol?

O dietilenoglicol é uma substância anticongelante, de uso muito comum na indústria. Sua ingestão pode provocar intoxicação com sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos, de acordo com o médico infecnologista Carlos Starling.

"Em geral, esse produtos são usados por exemplo em congeladores, freezers, para limpeza. Se ingerido, ele pode, sim, provocar intoxicação", afirma o médico.

Entretanto, de acordo com ele, o fato de ter a presença do produto no local não significa que seja a causa, porque é usado em várias atividades industriais. "Sei que é usado como anticongelante, em refrigeradores, para evitar congelamento", diz o médico.

O que se sabe até agora

Até agora, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou que oito pessoas foram acometidas por doença cujos sintomas são de insuficiência renal e problemas neurológicos. Sete pessoas estão internadas, e uma morreu em decorrência da doença.

Trata-se do bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que era morador de Ubá, na Zona da Mata. Ele chegou a ficar internado em Juiz de Fora, também na mesma região, e morreu na terça-feira (7). O corpo dele foi necropsiado pela Polícia Civil em Minas Gerais.

Segundo familiares, ele e um genro ingeriram a Belohorizontina no bairro Buritis, região Oeste, no fim de dezembro. Esse genro de 37 anos também está internado com a doença. 

Inquérito

A Polícia Civil instaurou inquérito, nesta quinta-feira (9), para apurar as causas da "doença misteriosa". Também nesta quinta, a instituição esteve na cervejaria para recolher amostras da bebida.

A marca da cerveja é comercializada na cidade de Itajubá e cidades da região, como Gonçalves.

Foram 66 ml unidades nos dos lotes

Às 21h15 o jornal O Tempo atualizou as informações. Veja AQUI


Fonte:O Tempo
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