Apesar da epidemia no Brasil, secretário municipal de Saúde, Nilo Baracho, tranquiliza população e diz que não há motivos para pânico
Neste verão, muito quente e chuvoso em todo Brasil, se instalou uma epidemia de Dengue em grande parte do país, mas não é o caso de Itajubá. Pelo menos é o que garante o secretário municipal de Saúde, Nilo César do Vale Baracho. Em entrevista ao Itajubá Notícias, ele diz que deve ser ligado um sinal de alerta no município, mas não há motivo para pânico.
Informando dados e estatísticas, Nilo diz que em 2017 foram confirmados cinco casos de Dengue em Itajubá (três autóctones e dois importados). Autóctone é quando se adquire a doença no próprio município e importado quando se adquire a doença em outro, em caso de viagem, passeio. No ano de 2018, foram registrados também cinco casos (dois autóctones e três importados). Em 2019, foram confirmados 71 casos da doença, (40 autóctones e 31 importados). No ano passado, 490 focos do mosquito aedes aegypti foram encontrados em Itajubá, segundo a informação do secretário.
Já neste ano de 2020, considerando dois meses apenas, 50 casos já foram confirmados, além de 156 notificações e 1293 focos de aedes aegypti detectados. “Não há motivo para pânico. A situação está sob controle. Não estamos passando por uma epidemia de Dengue em Itajubá. Mas é necessário que se ligue um sinal de alerta”, afirma Nilo, que informa que os pontos mais afetados pela doença no início deste ano foram Cruzeiro, Estiva e proximidades da Unifei.
O secretário acredita que o aumento de focos se deve ao clima: “Muito calor e houve uma quantidade expressiva de chuva no início do mês de fevereiro”, complementa. Nilo destaca também que em todos os bairros com casos notificados de Dengue já houve a ação do bloqueio vetorial, que é um bloqueio de transmissão da doença. Ele informa ainda afirma que para o Carnaval, a Vigilância Epidemiológica estará de plantão em parceria com a Santa Casa e o Hospital de Clínicas, onde deve ter um aumento efetivo dos funcionários para se dedicar ao combate à Dengue. “A utilização do fumacê só é possível quando há mais de 300 casos notificados ou mais de 100 casos confirmados”, explica .
Nilo deixa bem claro que a questão da Dengue não é somente de competência do Poder Público. “A população também tem que fazer sua parte dentro de casa”, afirma. Segundo ele, a Vigilância Epidemiológica conta hoje com 40 agentes comunitários de saúde. “Não necessariamente todos estão na rua atuando. Alguns fazem serviços internos”, finaliza.
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