Filho de Aureliano Chaves, o ex-senador Antônio Aureliano (PSDB/MG) reagiu neste domingo à retirada do nome de seu pai da termelétrica de Ibirité, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Em vídeo exclusivo enviado pela assessoria do político ao Estado de Minas, Aureliano classifica a decisão do Ministério de Minas e Energia executada pela Petrobrás como desrespeitosa e ignorante (veja o vídeo AQUI)
“A justificativa para a alteração do nome da usina é uma ignorância, digna de quem não conhece a história do Brasil. Vários prédios públicos levam seu nome pelo estado de Minas Gerais. Meu pai foi um homem público honrado, respeitado e reconhecido no país. Ocupou todos os cargos importantes da República. Era um homem que tratava a todos com respeito”, disse Aureliano.
“Meu pai repudiava a ditadura e a tortura. Contribuiu de forma intensa para o processo de redemocratização, indo contra a vontade do militarismo radical’’, declarou.
Aureliano Chaves foi ex-governador de Minas Gerais, vice-presidente do Brasil, ministro de Minas e Energia, secretário de Estado, deputado estadual e federal.
Antonio Aureliano, que também foi secretário estadual de Transportes de Minas Gerais e deputado federal pelo estado afirmou que a família não foi comunicada. “É desrespeitoso o modo como o governo federal agiu, num canetaço covarde. Nenhum homem público merece um tratamento desses após a morte”, finalizou.
Sobre Aureliano
(Fonte: unifei.edu.br)
Antônio Aureliano Chaves de Mendonça nasceu em Três Pontas-MG no dia 13 de janeiro de 1929. Depois, transferiu-se para Itajubá, onde cursou o científico no Colégio de Itajubá e graduou-se em Engenharia Eletromecânica pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI), atual Unifei, em 1953.
Quando ainda era aluno, foi presidente do Diretório Acadêmico (DA). Nesta época (1952), liderou uma comissão composta por 42 acadêmicos que foram ao Rio de Janeiro, no Palácio do Catete, para falar com o então presidente da República, Getúlio Vargas, e manifestar o interesse e apoio para a federalização do Instituto Eletrotécnico de Itajubá – IEI. Na ocasião, o Instituto passava por situação financeira difícil e corria risco de extinção. Vargas, diante da completa e exata exposição de Aureliano, prometeu o apoio solicitado e, assim, foi dado encaminhamento ao processo, sancionado pelo seu sucessor, Nereu Ramos.
Aureliano foi engenheiro de obras rodoviárias, entre as quais a ligação de Itajubá a São Bento do Sapucaí, e o serviço de terraplenagem do Aeroporto de Cumbica. Foi Chefe do Serviço de Obras da Prefeitura Municipal de Itajubá (1955-1956), professor titular da Escola Federal de Engenharia de Itajubá (1955-1982) e Diretor Técnico da Eletrobrás (1961). Em Belo Horizonte, foi Professor do Instituto Politécnico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Eleito governador de Minas Gerais por via indireta, em 1974, governou o Estado por quatro anos, conseguindo harmonizar as antigas forças divergentes do PSD mineiro e da UDN. Em 1978, foi escolhido vice-presidente do general João Baptista de Figueiredo. Na segunda crise do petróleo (1979), foi presidente da Comissão Nacional de Energia, por delegação do Presidente da República. Foi ministro de Minas e Energia no governo Sarney e defendeu a manutenção do programa brasileiro do álcool, o Pró-álcool.
Concorreu à presidência nas eleições diretas de 1989 pelo PFL, tendo como vice em sua chapa Cláudio Lembo, terminando o pleito em nono lugar com 600.838 votos. Após isso, decidiu formalmente se retirar da vida pública; mas, ainda assim continuou a exercer influência sobre seu estado natal e mesmo na nação.
Faleceu em 30 de abril de 2003, em Belo Horizonte, sendo sepultado em Itajubá.
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