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Editorial - Minha casa minha vida: problema nacional
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Minha casa minha vida: problema nacional
Minha casa minha vida: problema nacional

EditorialEdição 62302/09/2015

A denúncia estampada em manchete pelo Itajubá Noticias na ultima edição, de que beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, estariam alugando e até mesmo vendendo por preços médicos suas casas ou apartamentos que foram, praticamente, ganhos de graça, não se resume a um problema itajubense. Muito pelo contrário, em todo o país, assim como aconteceu em diversos assentamentos da Reforma Agrária, beneficiários dos programas de habitação urbanos, sejam os do governo federal, estadual ou mesmo alguns municipais terminam por venderem ou trocarem seus imóveis, muitas vezes por ninharias. Vários são os motivos que levam a tal comportamento. Um deles é a extrema demora entre o momento em que o cidadão se inscreve no programa social, e o efetivo recebimento da casa ou do apartamento, que, não poucas vezes, leva anos. Durante esse tempo, o sujeito fica na fila aguardando a liberação de seu imóvel, mas, quando o recebe, é mesmo comum que nem mesmo resida mais naquele bairro para o qual se cadastrou, ou nem mesmo naquela cidade, porque teve que tocar a vida em outro lugar. Outras vezes, são pessoas que pertencem a verdadeiras quadrilhas geridas por certos “movimentos sociais” comandados por espertalhões, que usam do sujeito humilde, para ingressarem nos programas, obterem, em nome do laranja o imóvel e passa-los a terceiros mediante pagamento de valores que, para os interessados, parecem baixos, como um apartamento por cinco, oito ou dez mil reais, mas para as quadrilhas muito significa, porque o esquema envolve centenas de imóveis numa cidade ou região. É a bandidagem travestida em movimentos sociais, que se vale  da necessidade de uns trocados dos mais humildes e ignorantes aliada a burocracia de um poder estatal que muito promete e pouco cumpre, criando a ilusão no humilde, mas a certeza de ganho certo para o espertalhão. Comprar um apartamento – por mais simples que seja, com apenas dez mil reais de entrada, e passar a pagar prestações quase simbólicas de, muitas vezes, menos de 100 reais por mês, é um excelente negocio, sobretudo se esse apartamento puder ser alugado por 200 ou 300 reais a outros humildes que também esperam na fila para, quem sabe, um dia terem o seu próprio teto. Isso vem acontecendo há anos e anos no Brasil. Os governos sabem, o Ministério Público sabe, a Caixa sabe e até as crianças do ensino fundamental sabem, mas, como está mais disseminado no seio social do que corrupção petista no governo, seriam necessários muitos lava jatos e Sérgios Moros para porem um fim e, acreditem, não conseguiriam.


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