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Editorial - Joel, Jorjão e bom senso
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Joel, Jorjão e bom senso
Joel, Jorjão e bom senso

EditorialEdição 74807/02/2018

Afinal, a quem pertence o cargo de assessor parlamentar? A resposta a essa pergunta é fundamental para a solução do embate entre o presidente da Câmara Municipal, Joel da Guadalupe, e o vereador Jorjão da Saúde, que beirou o mais baixo nível com ameaças até de chamar-se a polícia – que, aliás, não tem nada a ver com isso. Dinarte Lopes, jornalista em Itajubá há muitos anos, foi nomeado assessor parlamentar do vereador Jorjão. Cabe, exclusivamente, a cada parlamentar, convidar quem bem entender para sua assessoria, mas, ao mesmo tempo, cabe exclusivamente ao presidente do Legislativo a nomeação. Assim é também no Executivo, com os cargos de segundo, terceiro e últimos escalões: os presidentes das empresas públicas ou os ministros ou secretários convidam e enviam os nomes dos seus nomeados para os respectivos chefes dos Executivos (presidente, governador, prefeito) que, na extrema maioria dos casos, sequer conhecem os indicados, mas, respeitando a indicação, os nomeiam. Se, porventura, têm algo contra a indicação, avisam quem os indicou que, via de regra, retratam-se e indicam outra pessoa para o cargo. O presidente da Câmara acatou a indicação de Jorjão e nomeou Dinarte Lopes. Contudo, sem qualquer explicação, segundo o vereador Jorjão, mais tarde o exonerou, fato que somente chegou ao conhecimento do vereador por terceiros, o que o revoltou, produzindo o bafafá na última reunião da Câmara Municipal itajubense. Sabemos que as indicações para assessorias raramente são técnicas. Na maioria esmagadora das vezes, são políticas ou, pior, beiram o nepotismo. Isto para não falar nos famosos ‘aspones’, que ganham para não fazer nada, até porque nada sabem fazer. Não parece ser o caso de Dinarte Lopes, assessor (ou ex) de gabinete do vereador Jorjão, dado sua larga experiência e conhecimento no setor, já tendo auxiliado diversos políticos em seu relacionamento com a sociedade em nossa cidade. Então, a exoneração poderia ter caráter político ou pessoal, mas também não podemos afirmá-lo, já que o presidente não declarou os motivos da exoneração. Não é bom, de qualquer sorte, que um vereador e o presidente da Casa, que, afinal, também é um vereador antes de tudo, se estranhem dessa maneira. Não nos parece sensato que um assessor de um vereador seja exonerado sem maiores explicações a quem assessora, muito menos que esse vereador ameace até chamar a polícia para o Plenário, desafiando a autoridade do presidente da Câmara e, muito menos, que o assessor exonerado continue a dar expediente como se o caso não fosse com ele. Está faltando bom senso de todo mundo nessa história. E bom senso é o mínimo que se espera dos integrantes de um poder, seja federal, estadual ou municipal.


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