Sem querer parafrasear ninguém, nunca antes da história desse país vivemos um período eleitoral como esse de 2018. Seja por qualquer ótica que enxerguemos a disputa, sobretudo pela presidência da República, veremos, na campanha, a mão direta do povo brasileiro, desde a chamada elite sócio econômica, até aos mais humildes. Participa-se da campanha por um ou outro candidato, desde que se disponha de um aparelho celular com acesso à internet e, portanto, às redes sociais, e mais de 100 milhões de brasileiros, pobres, ricos, doutores, ou pouco letrados, estão os facebooks e assemelhados. E fazem uso. É certo que há os “fakes”, as falsas notícias, os comentários e compartilhamentos daquilo que não deveria ser compartilhado, até mesmo porque absurdas logo à primeira vista, mas o falso, infelizmente, faz parte do jogo da política que, muitas vezes, é realmente sujo. Mas o bom de tudo isso é que nunca houve tanta participação direta do eleitor numa campanha eleitoral e, se o voto continua secreto na urna, deixou de sê-lo nessas eleições há muito tempo, justamente em virtude das declarações de votos pelas redes sociais. O povo brasileiro deixou de ter medo de declarar seu voto, o que é bom, porque demonstra maturidade. Mas o que é importantíssimo sempre nos lembrarmos é que o voto é nosso, de cada um de nós, independentemente das pressões que essas mesmas redes sociais procuram sobre nós exercer, como, no passado, apenas a imprensa e os cabos eleitorais procuravam fazê-lo. As discussões publicas entre pessoas do povo, através das redes sociais, seja a favor ou contra o candidato que for, seja para a presidência (as mais acirradas nessa eleições, sem dúvida), seja para os governos estaduais, seja até mesmo para o senado, como ocorre em Minas Gerais, são extremamente salutares, muito embora por vezes irritantes. Isso é a festa da democracia, que se mudou para as redes sociais depois que a legislação proibiu a festa nas ruas durante a campanha. O mais importante de tudo isso é que, com tanta informação – e contrainformação – saibamos usar o nosso voto da melhor forma possível, porque esse é o único momento na República em que, de fato, cada um de nós realmente importa. Afinal, somos iguais pelo menos em duas situações: na hora do voto e na hora da morte.
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