A televisão e as redes sociais têm divulgado tragédias típicas da época das chuvas de verão que vêm assolando Minas Gerais, desde a capital até cidades do interior, sul de Minas inclusive. Itajubá ainda não sofreu, até hoje, de forma drástica, os efeitos desse período que, normalmente, traz intranquilidade à nossa população. Todos os finais e início dos últimos anos, basta cair uma garoa para que nos lembremos do triste início do ano 2.000.

Recentemente, as redes sociais têm trazido fotos e antigas filmagens de uma das maiores tragédias que as águas que caíram dos céus e foram trazidas pelo Sapucaí proporcionaram à nossa cidade. É natural, portanto, que, sentindo pingos caindo nos nossos telhados, sobretudo durante a noite, nosso sono se veja eivado pela intranquilidade. Por mais que tentemos “contar carneirinhos” para cairmos nos braços de Orfeu, o que nos vem à mente são barcos e canoas passando por nossas janelas.

A cidade tem confiado na qualidade dos serviços da sua Defesa Civil nos últimos 20 anos, sobretudo no que tange à prevenção, e não tem se decepcionado. Acidentes, como cabeças d’água em cachoeiras, como vimos recentemente acontecer e vitimar famílias inteiras em cidades próximas a nós, podem ocorrer até pelo descuido das próprias vítimas, que num período de férias, dedicado ao descanso familiar, esquecem-se do perigo que é frequentar cachoeiras nesses períodos.

Enchentes provocadas por chuvas torrenciais com consequente elevação dos rios que cortam áreas urbanas também são inevitáveis. Ninguém, em sã consciência, pode esperar ou exigir que os poderes públicos imponham sua autoridade a São Pedro, mas que tome-se providências profiláticas, para se evitar o quanto possível os efeitos de uma tragédia, ou de socorro, quando não for possível desviar-se de todos os seus efeitos.

A Defesa Civil itajubense declara que está pronta para atender as eventuais ocorrências que advenham as fortes chuvas de verão. Tomara que sim!

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