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Editorial - Editorial: Saúde e bom senso
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Editorial: Saúde e bom senso
Editorial: Saúde e bom senso

EditorialEdição 85808/04/2020

 A Prefeitura de Itajubá, assim como diversas outras pelo país, está começando a flexibilizar a quarentena no setor do comércio e da prestação de serviços, praticamente paralisados nos últimos 15 dias. A discussão que chegou a criar atrito entre o ministro da Saúde e o presidente da República acerca do binômio saúde/desenvolvimento econômico, incrementada por uma parte dos formadores de opinião que, ansiosamente, parecem desejar o rompimento entre o chefe do governo e a área médica brasileira, em muitos municípios têm encontrado o porto mais ou menos seguro do bom senso. A opinião pública viu-se levada a dividir-se entre a preservação da vida e a garantia do sustento da suas famílias, e a coisa não deve ser vista como excludentes. Após a tensa segunda-feira, quando, às 5 horas da tarde a maioria de nós dava Mandetta como ex ministro da Saúde, e às 7 horas da noite tomávamos conhecimento de sua permanência, revelando que, felizmente, as intrigas palacianas e extra palacianas não deram certo – pelo menos até agora – o Ministério da Saúde manteve seu posicionamento técnico, mas o ministro disse alto e bom som que não estamos em regime de “lockout”, ou seja, não há toque de recolher, não há cerceamento à liberdade de ir e vir, embora em algumas cidades guardas municipais estejam até mesmo agredindo pessoas nas ruas, obrigando-as a “irem para suas casas”, como se o país estivesse em estado de sítio. Como em muitos outros lugares, à partir de 7 de abril, com os devidos cuidados impostos, o comércio de Itajubá voltou a ter permissão para abrir suas portas. As restrições com vistas aos necessários cuidados são uma exigência da preservação da saúde; a autorização de funcionamento é uma exigência do bom senso. Há uma frase comum de cunho popular muito empregada quando alguém quer consolar um parente ou amigo que está em dificuldades financeiras: “importante é ter saúde”. Sem dúvida, que importante é ter saúde, mas a saúde de nada vale se não nos servir para que corramos atrás do resto. “Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”, bordão cunhado por um personagem da Escolinha do Professor Raimundo na década de 1990, propagandeando os exercícios físicos como forma de sua manutenção, pode não ser uma completa bobagem, mas tem seus limites. Sem comer, impossível a qualquer Ser Humano preservar sua saúde. Sem trabalhar, sem ter acesso ao mercado de trabalho, formal ou informal, muito poucos cidadãos brasileiros conseguirão ter o que comer. É preciso unir os cuidados com a saúde ao bom senso da preservação do trabalho. É assim que agem até os médicos no seu dia a dia, mesmo sem epidemias ou pandemias: protegem-se com os equipamentos necessários, dependendo da gravidade da doença do paciente, mas não deixam de exercer o trabalho que lhes compete. Aprendamos com eles.


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