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Editorial - Editorial: A pandemia do pandomônio
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Editorial: A pandemia do pandomônio
Editorial: A pandemia do pandomônio

EditorialEdição 86527/05/2020

Não bastasse a divisão clara em que se meteu o país desde o início do ano de 2018, quando já se delineava o possível sucesso de uma candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, surgiu o Coronavírus apenas um ano após a sua posse, para dividir ainda mais a nação. Já não seria mais a divisão restrita às lideranças políticas lulistas, bolsonaristas ou “muristas” (é murista mesmo, não Mourista). A divisão que se instaurou foi entre os cientistas e os desenvolvimentistas, ou seja, entre aqueles que acham que, para combater a doença, deve-se “ficar em casa” esperando que dinheiro caia do céu ou pingue ajuda individual do governo, ou enfrentar a chuva, ir para a rua, trabalhar e correr o risco de se molhar, ou, para ser mais específico, infectar. A coisa começou devagar, mandando-se o povo cuidar de seus idosos, depois espalhou-se sugerindo ou impondo-se o uso de máscaras até nos gatos e cachorros da família. Com o avanço do número de infectados no país, as notícias do que ocorria na Europa – Itália principalmente – e nos Estados Unidos, a pandemia foi se transformando em pandemônio, e, como no velho ditado, “em casa onde falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão’. 

Os desenvolvimentistas, liderados pelo presidente da República, colocaram-se contra o chamado isolamento social horizontal – ou seja, todos em casa, o fechamento do comércio e demais atividades econômicas, ou seja, que o povo levasse vida normal, com os devidos cuidados individuais, porque quem toma cuidado individual, acaba favorecendo os cuidados coletivos. Mas o ramo que segue a palavra dos cientistas impôs junto ao governadores e prefeitos, o isolamento quase total. Surgiu o fator político baseado na propaganda “quem sai de casa não ama o próximo nem sua família”, aliado ao fator “eleições 2022, todos contra Bolsonaro”, ao mesmo tempo em que o presidente defendia o uso de um medicamento barato e que, segundo alguns, poderia produzir resultados positivos. 
A idéia foi se disseminando numa população já cansada de “ficar em casa” ou “na fila da lotéria mais próxima para receber uns caraminguás” e de empresários vendo seus negócios falirem. 
O Judiciário entra na história para botar ordem no galinheiro, segundo o pensamento de alguns magistrados de primeiro, segundo e último graus. Juizes concederam liminares para abertura de atividades econômicas, como a de um enorme e há pelo menos um ano famosíssimo dono de uma rede de varejos cujas lojas homenageiam uma não menos famosa estátua. Outros, cassaram decisões de prefeitos permitindo o retorno à normalidade do giro econômico. Há dois dias, a Organização Mundial da Saúde – OMS, que chegou a admitir o uso do medicamento barato sugerido pelo presidente, voltou atrás e proibiu até mesmo os testes com a famigerada cloroquina, gerando suspeitas de que tem grandes laboratórios privados por detrás da decisão. O pandemônio está instaurado e parece ser o mais poderoso combustível a perpetuar a pandemia até que surja a vacina ou remédio que renderá enormes royalties a quem os descobrir. Além do prêmio Nobel, é claro.


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