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Editorial - Editorial: Anormal normalidade
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Editorial: Anormal normalidade
Editorial: Anormal normalidade

EditorialEdição 87612/08/2020

Voltaram bares e restaurantes a serem abertos ao público, presencialmente, desde a última semana, quando, integrando o programa Minas Consciente, Itajubá foi classificada na faixa amarela. Tudo volta, então, à uma normalidade absolutamente anormal, como estamos vivendo em todo o Brasil desde o fim do período carnavalesco de 2020. Apenas, como declarou o prefeito Rodrigo Riera, não se tem a mínima ídeia de quando voltarão as aulas presenciais nas escolas, nem se voltarão ainda nesse ano. Prefeitos de outras cidades e governadores já parecem ter jogado a toalha quanto a questão das aulas presenciais e defendem o reconhecimento da perda do ano letivo. Mas o retorno de bares, restaurantes e afins não traz, na verdade, normalidade alguma. Normal é quando se pode trabalhar despreocupadamente – ou com as preocupações naturais do dia a dia – e não quando se tem que exercer extrema vigilância às regras do tal distanciamento social, que ainda lhes são impostas e á distinta clientela em geral. Naturalmente que os donos de restaurantes e, sobretudo, bares, se preocupam em fazerem – mais uma vez – pesados investimentos, com faturamentos reduzidos porque o número de frequentadores de seus salões e balcões ficará reduzido a um terço ou pouco mais que isso, e depois, porque alguém esqueceu a máscara ou se atreveu a dar um abraço num amigo que chegava para o happy hour, o poder público – seja lá qual poder for – resolver interditá-lo pelo desrespeito às regras de funcionamento normal, porém extremamente anormal. Não há dúvidas de que o ruim é melhor que o pior. Como diziam os antigos, ruim assim, pior se assim não for. Portanto, o que todos nós esperamos da população que resolver voltar aos restaurantes, bares e congêneres, é que faça tudo e de tudo para manter o respeito – mesmo sendo contra – ás normas do distanciamento e “cuidados necessários” para que possamos, pouco a pouco, de fato, retornarmos à normalidade, porque o “novo normal” não existe, é coisa de comentarista de televisão metido a intelectual. E que venham as vacinas da Rússia, da China, de Oxford, da Fiocruz ou do Butantã, e até da Coréia do Norte, nos salvar desse “novo normal”. Até lá, o melhor é fingirmos que tudo está normal dentro da mais absoluta anormalidade.


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