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Editorial: Futuro promissor
Editorial: Futuro promissor

EditorialEdição 89309/12/2020

 Na edição de 18 de novembro passado, noticiamos que a maior fábrica de drones da América Latina se instalará em Itajubá, e o processo seletivo para contratação de seus funcionários já teve início. A notícia terminou, talvez, sem chamar a atenção merecida, já que na mesma edição trazíamos o resultado das eleições municipais. Itajubá sedia diversas indústrias de ponta. Vai longe a triste primeira metade da década de 1970, quando, uma a uma, perdíamos nossas fábricas de tecidos, de doces, com seus prédios monumentais como os das Tecelagens Haddad e Faria, no bairro da Varginha, ou da Codorna, na rua Dona Maria Carneiro, ou a Doces Vera Cruz, onde hoje é a agência principal do Banco Itaú, que, em sua construção, teve a diretoria o bom senso de preserva a velha chaminé que outrora exalava os aromas do marmelo e da goiaba sendo cozidos. Ainda mantemos a Fábrica de Armas, há décadas denominada IMBEL, embora sem o mesmo charme das suas decorações natalinas. O renascimento industrial itajubense deu-se com a chegada da pioneira Fânia. Logo o distrito industrial do ainda nascituro bairro Santos Dumont veria a chegada da Standart Elétrica – que durou pouco --, a Cofap, anos depois adquirida pela Mahle, a Higident ocupando o antigo prédio da Tecelagem Haddad – aliás, a tecelagem Faria, depois adquirida pela Cia Oliveira Industrial, sobrevive -- e tantas outras, mas o coroamento daquela fase deu-se com a instalação da Helibrás, a única – repita-se com orgulho, única – fábrica de helicópteros da América Latina, no início dos anos 1980. Montadora? Sim, e daí? Os nossos Esquilos HB350B povoaram os céus das grandes cidades brasileiras e até de muitas do exterior por longo tempo, e, hoje, aeronaves mais sofisticadas e maiores continuam a se espalhar pelo pais, saindo dos nossos hangares. Vieram a Cabelte e a Cabelauto, a Alston e inúmeras outras de médio e pequeno porte. Agora, teremos a maior indústria de drones. Para um ano em que sofremos como o resto do país e grande parte do mundo por causa de um vírus, pelo menos o terminaremos com uma excelente notícia.


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