https://www.high-endrolex.com/15

Editorial - Vacinas vencidas. Imprensa ideológica
VOLTAR AO TOPO
Editorial
HOME
EDITORIAL
Vacinas vencidas. Imprensa ideológica
Vacinas vencidas. Imprensa ideológica

Editorial Notícia Destaque 07/07/2021

Em 1938, a rádio CBS norte-americana levou ao ar a obra ‘A Guerra dos Mundos”, de Orson Welles. Na peça, que era um radioteatro, a abertura simulava a interrupção de um programa musical por uma edição extraordinária (tipo os plantões da Globo) para noticiar uma suposta invasão da terra por alienígenas, que destruíam a cidade. No interior de suas casas, ouvindo os efeitos especiais, e tomada de surpresa pela “notícia extraordinária” parte da população de diversas cidades da Costa Leste dos Estados Unidos entrou em pânico, e foi um “Deus nos acuda” nas ruas. A imprensa, seja a escrita, falada – mais tarde a televisada – e, atualmente, a internet, sempre foi considerada como um “quarto poder”, nas democracias (onde, normalmente, há três poderes oficiais). Isto porque sua influência sobre a opinião pública, para o bem e para o mal, é indiscutível. 

Até a década de 1960, o que Gontijo Teodoro dizia no “Repórter Esso”, e, depois dele, o que os diversos apresentadores que passaram pela bancada do Jornal Nacional, desde 1969 até hoje, diziam e dizem seria a “verdade absoluta”, para as classes mais humildes, assim como, para os mais “letrados”, o que dizem os grandes, médios ou pequenos jornais trazem em suas páginas. Até nas redes sociais, grande parte da população acredita piamente. Na semana passada, da forma mais irresponsável possível, como tem se comportado nossa grande imprensa, “noticiou-se” que dezenas de municípios brasileiros teriam aplicado vacinas contra a Covid-19, da Astrazeneca, fora do prazo de validade. A notícia não nos parece crível, e, apesar de, absurdamente, o prefeito de uma dessas pequenas cidade “confirmar” que aplicaram vacinas vencidas no seu município, a coisa continua pouco crível. Difícil se acreditar que, salvo quanto ao pessoal daquele prefeito, os agentes de saúde responsáveis pelo recebimento, armazenamento e aplicação das vacinas não tenham percebido que tivessem perdido da validade, e, irresponsavelmente, as aplicado assim mesmo. Agentes de saúde de cidades pequenas costumam ser mais cuidadosos com sua população do que os das grandes cidades, porque têm uma certa ligação de conhecimento, amizade e muitas vezes até mesmo familiar com as pessoas. A maioria dos municípios, contudo, afirma que o que houve fora atraso na notificação ao Ministério da Saúde quanto às aplicações, e não atraso nas aplicações, e, portanto, quando aplicadas, as vacinas estariam dentro dos prazos de validade. Especialistas alertam que, mesmo que algum lote tivesse sido utilizado além de alguns dias do prazo de validade, isto não faria mal algum e a vacina ainda manteria seus efeitos. No afã de tudo fazer para desacreditar o atual governo federal junto à população, o que a grande imprensa vem fazendo no caso das vacinas é tentar imprimir um pânico totalmente inverossímil e desnecessário. Só que, ao contrário do que fêz Orson Welles, pretendendo, apenas, trazer entretenimento ao público da CBS, as intenções aqui são muito mais criminosas.


DEIXE SUA OPINIÃO







Seu comentário estará sujeito à análise

COMENTÁRIOS (0)



https://www.high-endrolex.com/15

Desenvolvido por Traço Leal Créditos

Jornal Itajubá Notícias R. Dr. Américo de Oliveira, 241 | Centro | Itajubá - MG | CEP 37500-061