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Editorial - Editorial: Crime, perdão e ignorância
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Editorial: Crime, perdão e ignorância
Editorial: Crime, perdão e ignorância

EditorialEdição 92528/07/2021

 Rodrigo Castello Branco foi enviado ao Brasil colônia em meados do século XVII pelo então rei de Portugal Pedro II (sim, Portugal teve um Pedro II), para tratar da questão da exploração de jazidas de pedras preciosas. O paulista Borba Gato, genro de Fernão Dias, era um desses exploradores. Numa discussão havida num lugar chamado Sumidouro, entraram em discussão, e Borba Gato acabou por empurrar Castello Branco para dentro de uma cratera, levando-o à morte. Isso aconteceu em 1682. Como havia cometido um crime de lesa-majestade, porque matara um representante do rei, Borba Gato fugiu, embrenhando-se mato adentro, indo parar numa aldeia de índios Mataxós (é Mataxós, mesmo, em Minas, e não Pataxós, da Bahia), na região de Ipatinga, onde ficou por cerca de 15 anos. Foi encontrado, depois de tanto tempo, por outro representante do rei, um certo Artur de Sá e Menezes, governador geral, que, em troca de muito ouro e pedras, lhe concedeu o perdão em nome da Coroa, e ainda lhe outorgou alta patente, a de Tenente do Mato. O perdão do governador, em nome do rei, portanto, fora um ato de pura corrupção. 

No último fim de semana, uma quadrilha de vândalos ateou fogo com pneus na estátua de Borba Gato, um monstrengo de 10 metros da altura, construído com armação de trilhos de trem e concreto, em São Paulo, que lá está desde 1962. Justificaram, nas redes sociais eles e seus defensores, que o ato era uma manifestação contra a escravidão. Borba Gato, segundo essa cambada, seria um escravizador de índios. Nunca foi. Viveu entre os índios em Minas Gerais, foragido, e era por eles bem considerado. Aliás, nem teria como, sozinho, escravizar uma tribo. Se havia a escravidão negra na sua época, era esse o costume, embora reprovável, da sua época, como hoje temos tantos costumes que, certamente, no futuro, serão considerados deploráveis. 
O líder da quadrilha que tentou destruir um patrimônio público, embora tenha-lhe causado nenhum dano estrutural, foi preso, logo na segunda-feira, 26, e logo solto, porque o crime seria “de menor potencial ofensivo”. Não!! O crime fez parte da série de crimes ocorridos durante as manifestações da esquerda paulistana contra o atual presidente da República, na cidade de São Paulo, onde, mais uma vez, destruiu-se lojas e fachadas de bancos. Mas um juiz libertou um dos seus líderes. Enquanto souberem que, se presos, serão soltos em poucas horas, como se recebessem um perdão, como recebeu Borba Gato por seu crime, mesmo que sem corrupção de juiz, as quadrilhas continuarão a ameaçar e destruir o patrimônio público e privado de brasileiros trabalhadores ou empreendedores, durante suas manifestações que dizem ser “democráticas”, como no passado assaltava-se bancos e matava-se inocentes, sob a bandeira da “expropriação em nome dos excluídos” para financiar a guerrilha urbana dos criminosos da esquerda, ou torturava-se nos porões do DOI-CODI paulista – e de outros lugares – em nome da defesa do Estado. Todos eram, apenas, como os de hoje, simplesmente criminosos.


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