Há exatos 49 anos, o Brasil comemorava o sesquicentenário da sua independência política, ocorrida em 1822 pelas mãos de D. Pedro I, da Imperatriz Leopoldina e do Conselheiro José Bonifácio. O ano era 1972, o Brasil vivia sob o regime militar e o ufanismo corria à solta não apenas devido à propaganda oficial, mas porque vivia-se o chamado “milagre econômico” com o país crescendo a taxas de 13% ao ano e uma sensação de pleno emprego na indústria, no comércio e nos serviços, sobretudo nos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, onde havia a grande concentração de trabalhadores. Naquele ano de 1972, os 150 anos da independência foi comemorado como nunca, nem no centenário, havia se visto. A partir daí também nunca mais se viu comemoração igual ou que sequer se aproximasse da festa dos 150 anos. Na próxima semana, quando a edição do Itajubá Noticias de 8 de setembro estiver nas bancas, já teremos comemorado, um dia antes, os 199 anos da nossa independência. No ano que vem, será o bicentenário. Mas a festa do bicentenário, que não sabemos como será, até porque estaremos em plena campanha eleitoral para a presidência, os governos e assembleias legislativas e para o Congresso Nacional, parece nem sequer estar, por enquanto, importando muito aos brasileiros, que aguardam ansiosamente pelo 7 de setembro deste ano de 2021. As pressões da grande imprensa, do órgão máximo do Judiciário brasileiro e de grande parte da classe política contra o governo e a pessoa  de Jair Bolsonaro, em contraponto ao claríssimo apoio popular que o atual presidente desfruta, apesar das “pesquisas” que ninguém sabe como estão sendo feitas dizerem o contrário, prometem fazer com que a população vá em massa para as ruas, não para assistir desfiles militares ou de estudantes, como ocorria antigamente, mas para manifestar seu apoio ao presidente, e se constitui no grande temor da oposição que vem tentando evitar a verdadeira tromba d’água que tudo indica acontecerá pelas ruas do país, Brasília inclusive. Não precisamos exercer a futurologia para sabermos que, pelo bem ou pelo mal, a próxima terça-feira, 7 de setembro, será um dia tão memorável como o fora o daquele ano de 1972.

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