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Editorial - Paulo Freire e a censura
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Paulo Freire e a censura
Paulo Freire e a censura

EditorialEdição 93322/09/2021

No último fim de semana comemorou-se o centenário do nascimento de Paulo Freire, o teólogo da educação brasileira mais festejado pelos movimentos da esquerda política nacional. A “efeméride”, na verdade, não mereceria um editorial do Itajubá Notícias, com tanta coisa mais importante ocorrendo na cidade, em Minas ou no país, mas a meritíssima juíza federal da 27ª Vara do Rio de Janeiro tratou de transformar em importantíssimo um evento comum, como, de resto, são comuns as comemorações de centenários de pessoas que tenham se destacado na sociedade. 

Há três dias, a juíza carioca concedeu uma liminar a pedido de um certo Movimento Nacional pelos Direitos Humanos, vedando ao governo Bolsonaro (tinha que ser em ataque ao governo Bolsonaro, não é mesmo?) “qualquer ato institucional que atente à dignidade de Paulo Freire”. Até agora, não se conhece um único ato, institucional ou não, do governo federal, que tenha atacado a dignidade de Paulo Freire ou de qualquer outro teólogo da educação brasileiro, como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e tantos outros, sejam adoradores da esquerda política, sejam da direita ou do centro, como José Goldenberg, Francisco Campos, Gustavo Capanema, Pedro Calmon, Pedro Aleixo, Eduardo Portela, e por aí vai. 
O problema atual envolvendo o nome de Paulo Freire, e aqui não vamos sequer pretender discutir suas teorias sobre a educação, é que a esquerda o idolatra, como a Darcy Ribeiro, e o presidente da República atual chama-se Jair Bolsonaro, que essa mesma esquerda e grande parcela daqueles que se dizem de centro, não queria ver no governo de jeito nenhum, nem que fosse a poder de facadas, e o tem entalado na garganta porque o povo foi o único que o quis e continua querendo, como demonstram as ruas, apesar das “pesquisas de opinião” que ninguém sabe como estão sendo feitas, se é que, realmente, estão.
Instaurou-se no país a ditadura da imprensa, que, não sendo suficiente a calar o povo, aliou-se à ditadura de algumas plataformas das redes sociais que, ainda não sendo suficiente, ganhou o apoio de ministros do Judiciário, instaurando a censura às opiniões favoráveis ao governo ou, pessoalmente, ao presidente, que reverberam, como no caso da lastimável decisão daquela meritíssima juíza federal, em alguns dos chamados juízos de piso. Vale a máxima, falem mal, ofendam a dignidade dele e de sua família, desde que seja do presidente e seu governo, o resto não pode. E, somente para não fugir ao assunto educação, já que falamos de Paulo Freire, educação mesmo era a praticada (e não teorizada) por professores como Matilde Magalhães Couto, Nair Prado, Paulo César Guimarães, Afonso Brito Filho, Júlio dos Santos, Ana Fernandes Barbosa (Dona Yayá) e tantos outros, para falarmos apenas de alguns dos itajubenses que não apenas nos ensinaram o b-a-bá, como ajudaram a formar, com as respectivas famílias, o caráter de muitos itajubenses. O resto é teoria.


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