O outono chega neste domingo (20/3), à 1h30, com previsão de chuvas acima da média na faixa leste de Minas e diminuição da influência do fenômeno El Niño no Estado. A estação, que marca a transição entre o verão e o inverno, termina às 19h34 de 20 de junho próximo, quando tem início o inverno.
Segundo o hidrometeorologista Arthur Chaves de Paiva Neto, da Cemig, é normal que as chuvas diminuam gradativamente ao longo da estação, chegando ao mínimo em junho, podendo ocorrer pancadas fortes em abril. “A expectativa é que tenhamos chuvas acima da média em toda a faixa leste do estado, desde o Sul de Minas até o Vale do Jequitinhonha”, ressalta.
A previsão é de que no Noroeste e no Oeste as chuvas fiquem ligeiramente abaixo da média. Nas demais regiões são esperadas chuvas dentro da média, mas Arthur Chaves não exclui a possibilidade de que, em alguns dias, fiquem acima ou abaixo dos valores esperados. “Em abril, teremos o mês mais chuvoso, mas é em junho que as chuvas ficarão acima da média, lembrando que a média desse mês é baixa”, explica Arthur.
Com a diminuição da influência do El Niño, temperaturas ficarão acima da média no Noroeste e Oeste de Minas e abaixo no Leste, Sul e Zona da Mata, principalmente em abril e maio. Nas demais regiões, as temperaturas ficarão mais próximas da média.
Outono em Minas
A estação marca a transição entre o verão e o inverno. A passagem de frentes frias, que no verão causavam pancadas fortes de chuva, começa a provocar quedas de temperatura semelhantes às observadas no inverno, enquanto as chuvas diminuem.
Outra característica importante é que, no decorrer da estação, a atmosfera torna-se gradativamente mais seca, podendo atingir valores abaixo de 30% em alguns dias de maio e junho.
Ocorrem também mudanças relativamente rápidas nas condições de tempo com uma maior probabilidade de ocorrência de nevoeiros e geadas nas primeiras horas do dia nas regiões serranas do Estado.
Outro fenômeno possível é a formação de inversão térmica, que ocorre quando a temperatura na superfície é menor do que nos níveis acima da atmosfera, fazendo com que os poluentes não se dissipem rapidamente e, consequentemente, piorando a qualidade do ar nas cidades. Esse fenômeno ocorre com maior frequência no final de maio e em junho.
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