Já dizia o físico teórico alemão, Albert Einstein: "A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original." O sonho e a ambição por avanços tecnológicos sempre motivaram a humanidade desde a invenção do fogo à corrida espacial, mas a partir de meados dos anos 50 o anseio de estudiosos e escritores voltou-se para um outro campo de expansão, de um universo não-físico, porém real. Para uma mobilidade melhor criamos as rodas, para uma memória mais longa criamos a escrita, para uma mente mais ampla, criamos a internet.

Em 6 de agosto de 1991, Tim Berners-Lee, publicou o projeto WWW nos laboratórios da CERN (Organização Pan-européia de Pesquisa de Partículas), na Suíça. Sua criação permitiu que qualquer usuário do mundo pudesse utilizar a rede de comunicação Internet, que concentra, arquiva e relaciona todos os documentos digitalizados do planeta. A criação do www facilitou a utilização da ferramenta que já existia, deixou a interface mais amigável à utilização, permitiu que qualquer pessoa leiga pudesse acessar um endereço virtual sem que fosse necessário ser um especialista em computadores. O feito estrondoso foi motivo de uma imensa passeata na Praça Campo de Bagatele, após o IGF Brazil, no dia 23 de agosto do mesmo ano, e por isso a data foi escolhida mundialmente para celebrar importância do ciberespaço e seus utilizadores, porque afinal a Web é um espaço de construção coletiva e sem seus colaboradores a existência dela é algo entre ineficiente e nula.

No começo de sua idealização no imaginário social o mundo virtual ainda não tinha esse nome, mas desde as obras do escritor de ficção cientifica russo, Isaac Asimov, já haviam sinais o que viria a ser esse grande evento que contemplamos hoje, a World Wild Web. A criatividade de Asimov, que nasceu em 1920, inspirou muitos cientistas a desenvolver vários dos avanços tecnológicos que alcançamos hoje e seus contos sobre Inteligência Artificial retomaram popularidade através do filme Eu, Robo, de 2004.  Porém o tiro mais certeiro do que vivenciamos hoje com a utilização da internet foi dado por William Gibson, escritor de ficção que cunhou o termo Cyberpunk, em 1984, no livro Neuromancer. Na obra o autor definiu o conceito de uma subjetividade comunitária, muito antes de sonharmos com a ideia das redes sociais como Facebook e Twitter.

“Uma alucinação consensual, vivida diariamente por bilhões de operadores legítimos, em todas as nações, por crianças a quem estão ensinando conceitos matemáticos... Uma representação gráfica de dados abstraídos dos bancos de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidade impensável. Linhas de luz alinhadas que abrangem o universo não-espaço da mente; nebulosas e constelações infindáveis de dados”. (Neuromancer, Willam Gibson, 1984, p.48).

De acordo com dados do Ibope Nielsen Online, a cada dia, cerca de 500 mil pessoas entram pela primeira vez na web e, só no Brasil, existem mais de 64,8 milhões de internautas. A cada minuto mais de 20 horas de vídeo são disponibilizados no YouTube, a cada segundo é criado um novo blog e, na Internet, hoje, já existem mais 174 milhões de sites. Por internauta, entende-se o usuário de Internet, aquele que navega na Internet, e como você está aqui no nosso site: Feliz dia do Internauta!
 

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