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DA Unifei tem serviço de apoio às mulheres durante as festas
DA Unifei tem serviço de apoio às mulheres durante as festas
O Diretório Acadêmico da Universidade Federal de Itajubá (DA Unifei), que administra o Bar Cultural, atualmente conta com a Ouvidoria das ‘Minas’, serviço de apoio as mulheres durante as festas que ocorrem no local.
VariedadesEdição 77522/08/2018

O Diretório Acadêmico da Universidade Federal de Itajubá (DA Unifei), que administra o Bar Cultural, atualmente conta com a Ouvidoria das ‘Minas’, serviço de apoio as mulheres durante as festas que ocorrem no local. 
Especializada no acolhimento das mulheres vítimas de violência, seja ela verbal, sexual ou física, a casa noturna conta com o suporte há três anos. O auxílio foi criado pela integrante Mônica, coordenadora do senso cultural, da gestão Ecoar. A equipe da ouvidoria possui em torno de 16 integrantes femininas, coordenadas por Caroline Reis. A cada evento, são selecionadas de uma a três meninas, membros do projeto, para trabalhar na noite; quantidade esta, que varia em função do número de visitantes em potencial da casa noturna.
Em entrevista exclusiva ao Itajubá Notícias Henrique Rios e Caroline Reis, membros eletivos da atual gestão Reativa, contaram um pouco mais sobre esse projeto agregador para a sociedade jovem da cidade. “O serviço de apoio recebeu o nome de ouvidoria pelo real significado da palavra, onde é possível encontrar um espaço em que você leva a voz. Já o complemento - das Minas - foi escolhido justamente porque tratamos casos de violência sexual, física ou verbal sofridos por mulheres, mais conhecidas como minas devido à gíria atual”, conta Caroline.
A coordenadora do projeto diz ainda que a organização tem como lema a frase ‘Acolha do jeito que você gostaria de ser acolhida’. As meninas não receberam nenhum treinamento específico para ocuparem o cargo, “mas nada melhor do que ser aconselhada por mulheres que vivenciam e já vivenciaram casos similares. Não existe fórmula para receber essas mulheres e cada caso é um caso”, ressalta ela. 
As principais acusações 
De acordo com eles, os casos, na maioria, é de meninos que já receberam um não, mas continuam a tentativa de conquista, o que causa incômodo e leva as meninas a procurarem a ouvidoria. Outro relato comum é de homens que passam a mão em partes íntimas das garotas sem autorização, conta Carol.
Ao acalmar as vítimas, as integrantes da ouvidoria sempre procuram os agressores para ouvi-los separadamente em outra sala. Alguns casos são resolvidos verbalmente e outros são necessários à suspensão do indivíduo por alguns meses da casa noturna. 
Casos mais sérios 
Para ocorrências mais sérias, usam como penalidade a expulsão do sujeito sem direito a apelação, ou até mesmo ocorrência policial, fatos estes, onde os integrantes da ouvidoria aconselham a vítima a fazer um boletim de ocorrência e a acompanham durante todo o processo.
Assédio masculino 
 “Nunca ocorreu de homens nos procurarem na atual gestão”, afirma Caroline. Nas gestões anteriores, foram acolhidos alguns meninos, mas são casos extremamente raros. “Devido ao fato de trabalharmos em conjunto com uma enfermeira, acontecem apenas quadros de rapazes que beberam em excesso, e são encaminhados para nossa sala de atendimento para receberem cuidados. Mas referente à violência sexual, não”, enfatiza Caroline.
Consciência ‘não é não’
Ao término de cada festa, o levantamento dos casos da noite é enviado a um grupo de rede social composto por todas as integrantes. Segundo Henrique, o serviço existe desde 2016, porém, obteve força e sucesso apenas em 2017 e vem apoiando mulheres até então. Ele conta que além de divulgarem a ouvidoria em todas as propagandas dos eventos nas redes sociais, ainda são utilizados cartazes e banners no espaço físico da balada com frases como ‘não é não’, para conscientizar o público. Atualmente, os casos vêm diminuindo e o número de banners também, acontecimento que se dá pelo fato do popular estar cada vez mais consciente de que a cultura da violência contra a mulher precisa acabar. 
Por fim, Henrique lembra a importância do projeto para a sociedade itajubense e considera interessante outras casas noturnas aderirem um serviço de assistência a mulher, mas frisa que ele aguarda ansiosamente por tempos em que esse apoio não se faça mais necessário, onde o respeito reine. 
A Ouvidoria das Minas também está disponível através de página do facebook no link /@ouvidoriadasminas/ e acolhe online todas as mulheres, que estejam dispostas a conversar e contar sobre suas vivencias. 


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