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Editorial: Teoria e prática
Editorial: Teoria e prática

VariedadesEdição 83920/11/2019

Quem assiste os canais oficiais as transmissões das sessões do Supremo Tribunal Federal – que, aliás, têm se tornado cada vez mais, digamos, “populares” – da Câmara dos Deputados ou do Senado, deve perceber que, num cantinho da tela há uma pessoa fazendo sinais com as mãos. São os intérpretes de libras, traduzindo para os deficientes auditivos o que estão falando os ministros, deputados ou senadores e até mesmo o presidente da República. Há alguns anos, lançaram-se filmes que, exibidos nos cinemas (a televisão ainda não chegou a esse ponto), trazem um narrador que vai narrando cada cena, cada movimento (até uma simples tosse) dos atores. Foi a forma que encontraram para permitir aos deficientes visuais que frequentassem os cinemas. Na semana passada, a Câmara Municipal de Itajubá, por 8 votos a favor e 8 votos contra, tendo o presidente da Casa desempatado a votação, aprovou um projeto de lei do vereador Cleber David, criando a figura do intérprete de libras nas exibições de filmes nos cinemas da cidade. Cada filme traria uma janela, como aquelas que a gente vê nas transmissões da Câmara, Senado, Tribunais ou Presidência da República, com um intérprete 'traduzindo' os diálogos entre os atores. Não se sabe como se traduzirá em libras os demais sons do filme, principalmente aqueles decorrentes de efeitos especiais que fazem a emoção do público, ou as músicas que acompanham as cenas, por exemplo. Também não se sabe, ainda, como seriam introduzidas essas “janelas” com os intérpretes de libras nos filmes, já que estes não são adquiridos pelas salas exibidoras, mas alugados, e, assim, não podem sofrer interferências, porque têm de ser devolvidos intactos. Os filmes narrados para os deficientes auditivos já vêm assim das distribuidoras, mas elas ainda não adotaram a linguagem de libras, que é exclusivamente nacional, principalmente quanto aos filmes produzidos no exterior. A lei foi aprovada. Veremos, agora, se terá condições de ser efetivamente aplicada na prática ou ficaremos na teoria, tornando-se mais uma “lei para inglês ver”. 

 


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