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Microcefalia não tem relação com vacina de rubéola
Microcefalia não tem relação com vacina de rubéola
Nos últimos dias surgiram nas redes sociais boatos de que a Microcefalia estaria sendo causada por conta de um lote vencido de vacina contra rubéola que teria sido aplicado em gestantes no Nordeste. O programa Bem Estar da rede Globo apresentou em seu site na manhã desta quarta-feira (16) uma matéria interessante que explica as causas da doença e desmente os boatos.
Variedades Notícia Destaque 16/12/2015

 

Vacina de rubéola


Um dos boatos mais difundidos na internet sobre microcefalia é o de que a doença estaria sendo causada por um lote vencido de vacina contra rubéola que teria sido aplicado em gestantes no Nordeste.

 

Em primeiro lugar, a vacina contra rubéola é contraindicada a gestantes. “A vacina de rubéola nunca é usada na gravidez, por isso não tem como ter uma associação como essa”, diz o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

 

A indicação da vacina contra rubéola – que aparece na forma de tríplice viral (que também protege contra caxumba e sarampo) ou quádrupla viral (que, além dessas doenças, protege contra catapora) é para crianças, que tomam a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Adolescentes e adultos não-vacinados também devem tomar duas doses.

 

Em segundo lugar, as vacinas oferecidas pelos serviços públicos de saúde são seguras. “A utilização de vacinas ou medicamentos vencidos é crime. Qualquer serviço de saúde que acondicione produtos vencidos recebe autuações muito graves. Não faz nenhum sentido que órgãos públicos utilizem vacinas vencidas, isso não existe”, esclarece Kfouri.

 

Por último, mesmo o uso de uma vacina vencida não teria a capacidade de provocar danos neurológicos. “Teoricamente, o que acontece com o passar do tempo, tanto com vacinas mal conservadas quanto com vacinas vencidas é que elas perdem a capacidade de desenvolver proteção contra doenças”, diz o especialista.

 

A difusão do boato fez o Ministério da Saúde divulgar uma nota de esclarecimento sobre o assunto: “O Ministério da Saúde esclarece que todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e não há nenhuma evidência de que possam causar microcefalia. As vacinas são fundamentais para proteger o bebê contra doenças graves. Nenhuma das vacinas administradas durante a gestação contém vírus ou outros agentes vivos.”

 

Danos neurológicos a crianças e idosos


Outro boato, este divulgado principalmente por mensagens de WhatsApp, diz que o zika provoca danos neurológicos em crianças de até 7 anos e em idosos. A informação também é falsa foi desmentida por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde.

 

“Não existe nenhuma evidência científica que possa correlacionar o vírus zika com o comprometimento nervoso em crianças menores de 7 anos e em idosos”, afirmou o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli.

 

Mosquitos transgênicos


Há também o boato que afirma que o zika vírus se espalhou no Brasil depois da soltura de mosquitos transgênicos no país, que teriam passado a transmitir zika e chikungunya. Assim como os outros boatos, essa história também não faz sentido.

 

Mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados ou com bactéria que previne a transmissão de doenças têm sido soltos em vários pontos do Brasil dentro de projetos de pesquisa. Mas, ao contrário de espalhar novas doenças, eles atuam justamente para combater os vírus transmitidos pelos mosquitos.

 

No caso dos mosquitos transgênicos, eles são modificados geneticamente para morrerem antes da fase adulta, reduzindo a população total de mosquitos na região onde são soltos. Já os mosquitos com a bactéria Wolbachia tornam-se incapazes de transmitir a dengue e outros vírus.

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte:Bem Estar/ G1
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