A cidade sul-mineira de Extrema, 33 mil habitantes, a 480 quilômetros de Belo Horizonte, alcançou o primeiro lugar geral do país no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), edição de 2015. A pesquisa acompanha três áreas – Emprego & Renda, Educação e Saúde -, e os índices variam de 0 a 1. Extrema conquistou uma pontuação geral de 0,9050, aplicadas àquelas três variáveis, e tornou-se o primeiro município fora do estado de São Paulo a conseguir tal posição desde que a pesquisa foi instituída, em 2005.

A também mineira Itabirito, 49 mil habitantes, na Região Central, a 55 quilômetros da capital, foi a primeira colocada no tópico específico de Emprego & Renda, com a marca de 0,8962. Entre as capitais, Belo Horizonte obteve a oitava posição, com pontuação de 0,8135. “O feito de Extrema, assim como a significativa performance de Itabirito, são exemplos de que políticas sociais e econômicas bem conduzidas são ferramentas essenciais para o progresso”, aplaude a analista da Regional Sul do Sebrae Minas, Táta Beraldo.

O IFDM é uma referência para o acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. A metodologia utilizada permite determinar com precisão os índices de melhoria em cada município contemplado, confirmando se os resultados procedem de políticas específicas ou se são apenas reflexo de queda nos demais municípios. No caso de Extrema, ficou provado que ela experimentou um real e vertiginoso crescimento durante a série histórica da sondagem. A cidade saiu da 569ª colocação nacional, em 2005, para o topo da lista atual. Do grupo de 500 cidades do IFDM 2015, 9,4% são de Minas Gerais, atrás de São Paulo (43%), Rio Grande do Sul (16,4%) e Santa Catarina (11,2%).

Norte e Sul

A comparação entre os 500 municípios com maiores e menores valores no IFDM (Top500) retratam um Brasil de disparidades. A mineira Extrema (0,9050), cidade melhor colocada no ranking geral, apresenta um IFDM mais do que três vezes superior ao último colocado – a acreana Santa Rosa do Purus (0,2763). A pesquisa mostrou com nitidez uma divisão sócio-econômica entre Norte e Sul. O conjunto das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste detém 99,0% dos municípios do Top500. Destes, a maior parte é composta por municípios do Sudeste (56,0%), seguidos pelos do Sul e Centro Oeste (36,6% e 6,4%, respectivamente), o que dá uma soma absoluta de 99%. Os outros 1,0% são formados por municípios das regiões Nordeste (0,8%) e Norte (0,2%).

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