A Câmara Municipal de Itajubá terá que sofrer alterações em sua estrutura interna para receber os novos 7 vereadores que, com todos ou alguns dos atuais 10, passarão a ocupar o plenário à partir de 1º de janeiro do ano que vem. Contra a vontade popular, manifestamente expressa nas ruas, aprovou-se o aumento das atuais 10 para 17 cadeiras no Legislativo itajubense, e contra isso nada se pode fazer, legalmente. Satisfeita a vontade e interesses políticos dos partidos, e diante de uma crise econômica que atinge as finanças privadas de cada um de nós e a pública de todos nós, a reforma (mais uma) da Câmara, custará alguns milhares de reais, senão algumas centenas de milhares. O preço, até agora, não foi divulgado, mesmo porque deverá, de início, ser contratado um arquiteto para elaborar o projeto, a um custo até agora também incerto, para, somente depois, contratar-se a empresa para a sua execução, também a um preço até agora incerto. Conforme explicou o atual presidente da Casa, vereador Raimundo Santi, além da reforma das dependências do Plenário – que hoje, somente atenderia a necessidade de 15 cadeiras e não de 17 – deverão ser criados novos gabinetes, com toda a sua equipagem e servidores para assessoria aos novos vereadores, mas tais cargos ficarão a cargo (sem trocadilho) da futura composição da Casa, que deverá criá-los e provê-los, certamente sob o regime jurídico da livre nomeação, ou seja, sem concurso, já que assessores são considerados cargos de confiança. Todos os recursos financeiros para arcar-se com os custos de reforma do prédio e da manutenção dos 17 vereadores sairão do já sofrido – e, porque não dizer, espoliado – bolso do contribuinte. Espera-se, apenas que o povo e seu bolso sejam respeitados, que os 17 membros do Legislativo que assentarão nas novas confortáveis poltronas nos convençam de que todo o dinheiro que será aplicado para seu conforto não venha a ser um verdadeiro investimento e não, apenas, mais uma dispensável despesa.

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