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Editorial - Vereança não é emprego
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Vereança não é emprego
Vereança não é emprego

EditorialEdição 66101/06/2016

Espera-se mais de 600 candidatos a ocupar uma das cadeiras de vereador à Câmara itajubense nas próximas eleições. Não é um numero incomum. Nas eleições de 2012, houveram mais de 70 mil candidatos a vereador em todo o Estado de Minas Gerais, mas 144 candidatos em Itajubá, o que, na época, correspondia a 14,4 candidatos por cadeira. Agora, com 17 cadeiras em disputa, teoricamente, poderia haver cerca de 250 candidatos, para manter-se a mesma proporção. Mas poderão chegar a 600!!! Por quê, afinal de contas, tanto interesse?? Descontemos aqueles que, de fato, tem como principal preocupação dar sua parcela de contribuição junto ao poder político para o desenvolvimento da sociedade, e, convenhamos, vai sobrar ainda muita gente. É que, para grande parte dos interessados, ainda mais em época de crise, cargo político é sinônimo de emprego. Se político eletivo, tanto melhor, porque há a segurança de, pelo menos, 4 anos de estabilidade. No caso do cargo de vereador essa estabilidade poderá durar décadas, se o sujeito demonstrar ser “bom de voto”, embora isso nem sempre signifique ser bom de vereança. 
Na mesma edição do IN que trouxe a matéria sobre a possibilidade de termos cerca de 600 candidatos em outubro, trouxe-se, também, a informação de que, dentre os 10 membros do Legislativo itajubense atual, apenas 3 deles aceitaram falar sobre seus principais projetos. São secretos, ou, na verdade, não há projetos a serem expostos ao público eleitor? Na administração Ambrósio Pinto (1983/1989), indagado sobre quais projetos teria apresentado na Câmara durante seu mandato, um certo vereador respondeu candidamente que “não apresentou nenhum, porque o prefeito apresentava excelentes projetos para o povo”. Típico vereador que tinha o mandato como um emprego, e não como homem elevado a tão importante cargo pela confiança do povo (ou, pelo menos, de parte do povo que lhe deu os votos nas urnas). Vereança não é emprego, e isso é um princípio que deve ser incutido na cabeça da imensa maioria daqueles que pretendem ser candidatos. Se não entenderem isso, caberá à população, nas urnas, mandá-los para a fila das agências públicas ou privadas de empregos, como freqüentam todos os cidadãos comuns.


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