Há quinze dias começou, oficialmente, o chamado período de campanha eleitoral. Passaram rápido, já que, até as últimas eleições, já estaríamos tolerando os barulhentos carros de som e a propaganda eleitoral gratuita na TV há 45 dias. Faltam apenas 30, para que conheçamos o novo prefeito ou prefeita de Itajubá, ou se continuaremos com o atual pelos próximos 4 anos a contar de janeiro do ano que vem. E quando falamos em conhecermos o novo prefeito ou prefeita não estamos brincando. Mesmo sabendo que os dois candidatos que têm as maiores chances de se eleger ou reeleger são do sexo masculino, não nos atrevemos a desprezar a candidata do sexo feminino que botou sua cara a tapa perante o eleitorado. Há exemplos de surpresas inimagináveis pelo país afora, em eleições passadas, em que levou a faixa “prefeidencial” o menos provável – praticamente impossível – vencedor, numa reviravolta de fazer qualquer matemático estatístico passar noites em claro tentando descobrir “o que aconteceu” e os prefeitáveis supostamente preferidos pelo eleitorado perguntando “onde foi que eu errei?”. 
Na cidade baiana de Cândido Sales, nas eleições de 2012, dois grupos fortíssimos, apoiados por inolvidáveis caciques dos maiores partidos políticos e empresários da região, disputavam a prefeitura local, quando foram surpreendidos na abertura das urnas pela vitória de um simples vendedor de passagens de ônibus que trabalhava numa bilheteria na rodoviária e fez sua campanha percorrendo as ruas com uma simples caixa de som em cima de uma motocicleta velha. Aqui mesmo, na pequena Carmo de Minas, há poucos anos, um improvável candidato e menos provável ainda eleito, acabou levando a cartola de prefeito derrubando políticos pesos pesados da cidade. Coisas que acontecem, porque o mundo gira e, apesar dos institutos de pesquisas pretenderem o contrário, a cabeça do eleitor será, sempre, uma caixinha de surpresas que, às vezes, se revela. Faltam só 30 dias, trinta “diaszinhos” só.

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