As urnas itajubenses de 2 de outubro passado deixaram duas grandes lições à classe política, tanto no que toca às eleições para o Executivo como para o Legislativo. A população reiterou que não aceita mais factóides lançados de última hora e com claríssimo objetivo político às vésperas dos pleitos, quando os acusados já sequer têm tempo para se defenderem perante o eleitorado. Eleições ganha-se nas urnas. A mais terrível das lições, nesse ano, contudo, parece ter atingido os futuros ex nobres vereadores da atualidade. Ao aumentarem o número de cadeiras na Câmara no ano passado, começaram a selar suas derrocadas perante o eleitorado, que, consultado na época, mostrou-se radicalmente contra passar a sustentar 17 membros ao invés dos 10 atuais Edis. 
O aumento de cadeiras fez baixar o chamado quociente, a divisão do total de votos válidos apurados pelo número de cadeiras disponíveis. Mantidas as 10, cada partido ou coligação teria que apurar mais de 4.500 votos para seus candidatos; com as 17, bastaram pouco mais de 2.700 votos. Esperavam uma reeleição tranquila. O povo lhes disse não!! Dentre os 17 eleitos, apenas 4 dos atuais mantiveram suas cadeiras, mesmo assim com número de votos individuais inferiores aos conquistados em 2012. Não fossem as 17 vagas, somente Sebastião Silvestre (738 votos) e Joel da Guadalupe (666 votos), permaneceriam na Câmara. O próprio presidente atual da Casa, Santi teve 589 votos e seria defenestrado, assim como Zé Maria Bão (507 votos), e somente conseguiram manter-se graças às sobras do quociente eleitoral, porque Fernando Bissacot (638), Tenente Melo (589), e Renato Moraes (587) e Serginho e Amigos (577) tiveram  mais votos que eles. Campeões de voto de 2012, como Professor Rui Martins, tiveram votações inexpressivas diante do que conquistaram naquele pleito. Dura lição: respeitem o povo, porque é a voz de Deus.

COMENTÁRIOS (0)