Não é de hoje que a confiança e respeitabilidade da classe política brasileira está descendo ladeira abaixo junto à população. Esta falta de confiança é demonstrada, claramente, não apenas pelas pesquisas que diversos institutos trazem a publico, como, e sobretudo, pelo comportamento do povo quando vai, por obrigação legal e não por vontade própria, às urnas a cada dois anos – uma vez para eleger prefeitos e vereadores, outra para eleger deputados, senadores, governadores e presidente da Republica. Todo eleitor lembra-se em quem votou para os cargos do Executivo. Todos se lembram do nome do candidato a governador, prefeito ou presidente que sufragaram nas urnas. Poucos, contudo, lembram-se do nome do deputado, senador ou mesmo do vereador no qual teria, supostamente, depositado sua confiança. Notadamente em relação ao Legislativo de todos os níveis – federal, estadual ou municipal – grande parcela da população brasileira, se não a maior parte dessa população, afirma categoricamente que somente trazem despesas e nada ou quase nada fazem para merecerem seus salários (subsídios, na linguagem técnica). Lamentavelmente, entende grande e respeitável parcela do eleitorado nacional, ser dispensável a existência de um Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e até mesmo das Câmaras de Vereadores. E, convenhamos, pouco ou nada têm os membros destas Casas feito para reconquistarem a confiança e respeitabilidade que um dia tiveram junto ao povo. Pelo contrário, votam, na calada das madrugadas, através de suas lideranças, aumentos de seus próprios salários e das vantagens de seus cargos, e, nas sessões plenárias, dedicam-se muito mais às ofensas mutuas e até campeonatos internos de vergonhoso pugilismo. O clima entre a população brasileira e a classe politica não está nada agradável, e somente quem não quer enxergar tal realidade é que se atreve a dizer o contrário. A Câmara Municipal de Itajubá, vive uma discussão política que promete muitos capítulos. A questão dos 17 vereadores, ainda será tema de acalorados debates. Recentemente o vereador Joel, um dos defensores do projeto, sugeriu que os salários dos edis fossem diminuídos para compensar o aumento das cadeiras.
Reação imediata. O vereador Ricardo, sempre com um tom acima, revoltou-se. Troca de ofensas, foram presenciadas, uma cena lamentável!
A seriedade, o bom nível e o respeito devem ser sempre o tripé dos embates; afinal, ser a favor dos 17 não faz de ninguém um representante do mal e ser contra os 17 não torna ninguém “histérica”.
Nas discussões Legislativas a vitória deve ser sempre de Itajubá.

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