Quem já foi a um dos ‘restaurantes’ (na verdade, lanchonetes de luxo) da cadeia McDonald’s  já viu, ao lado de cada caixa, uma caixinha com a figura de Ronald McDonald, o palhaço símbolo da rede mundialmente conhecido. A caixinha é destinada a recolher moedinhas que os fregueses recebem de troco quando pagam seu lanche em dinheiro, como doação para o Instituto McDonald, que cuida do câncer infantil. É impossível não doar. Ninguém tem coragem de não atender o pedido, sempre simpático, da ou do balconista que, ao te entregar as moedas pergunta: “O senhor (ou senhora) não gostaria de colaborar com as crianças com câncer?” Quem vai dizer não e embolsar os centavos? Mas a causa, na verdade, é justa. Tão justa como a causa da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá ao lançar os ‘botijõezinhos’ para captar junto a doadores moedas para ajudá-la a enfrentar tempos bicudos que, diga-se de passagem, vem sendo enfrentados há décadas por nossa centenária instituição, que, antes mesmo do Hospital Escola da Faculdade de Medicina, já atendia nossa população mais carente em seus ambulatórios e leitos. Sem querermos fazer trocadilho infame, o fato é que foi nossa Santa Casa que sempre teve ‘misericórdia’ de quem precisava de tratamento médico hospitalar até o início da década de 1970, e continuou a ter mesmo com a gratificante inauguração do Hospital Escola, principalmente diante do crescimento vertiginoso da população, ao mesmo tempo em que o sistema publico de saúde - que já foi INPS, INAMPS e virou SUS - paga cada vez menos, pior, e mais atrasado, pelos pacientes pobres que necessitam dos serviços médico hospitalares. Colaborar com a Santa Casa, a nossa Santa Casa, portanto, ainda que com as moedinhas que nos cobram de troco e, via de regra, ficam esquecidas num pratinho qualquer da sala de casa, será, sempre, de grande ajuda, porque de tostão em tostão se chega ao milhão, como diria Tio Patinhas. E, tenham a certeza, cada moedinha será uma santa colaboração.

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