A Associação Ecológica dos Amigos do Rio Sapucaí de Itajubá (Aearsi), que é integrada por cidadãos que são ou foram também integrantes da Transparência Itajubá, essa última presidida por Luiz Antônio Santiago, teve rejeitadas, parcialmente, as contas de verbas recebidas do Estado de Minas Gerais, apontando o setor técnico do Estado ‘dano ao erário público’ no importe de cerca de R$ 150 mil, e intimando a Aearsi a restituir o dinheiro em novembro do ano passado. O dano ao erário, quando comprovado, importa em improbidade no uso das verbas públicas, mesmo que cometido por particulares, como é o caso da Associação e, como uma associação é Pessoa Jurídica, ou seja, uma ficção, obviamente quem pratica o dano e comete o ato de improbidade são os responsáveis pelo mau uso ou desvio da verba. Reportagem completa sobre a questão é publicada nessa edição do Itajubá Notícias, inclusive trazendo as justificativas e versões do atual e do ex-presidente da entidade, sem que se faça, como deve ser o comportamento imparcial de um órgão de imprensa que presta informações honestas a seus leitores, qualquer julgamento de fundo. O ex-presidente da Aearsi afirma que já teria sido obtido o abatimento nesse valor, que teria sido reduzido para cerca de apenas R$ 55 mil, após defesa que teria encaminhado, o que, de qualquer forma, não é pouco a ser devolvido, significando mais de 10% sobre o total recebido, de pouco mais de R$ 400 mil pela entidade. Mas o que se estranha é o silêncio gritante da Transparência Itajubá, de Luiz Santiago, sobre o assunto, a mesma Transparência Itajubá e Luiz Santiago que tantas denúncias fez ao Ministério Público acusando agentes políticos e empresários de desviarem recursos públicos e locupletarem-se indevidamente, fatos que, aliás, o Judiciário não reconheceu como verdadeiros. Causa estranheza o silêncio da Transparência Itajubá sobre a questão da Aearsi ser acusada pelo setor técnico do Estado de Minas de mal utilizar ou não comprovar a efetiva utilização regular de verba recebida, em importe tão significativo, cuja explicação, talvez, esteja no fato de que pimenta nos próprios olhos, ou nos olhos dos seus, realmente não é refresco.
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