A Black Friday da última semana, em todo o país, trouxe esperança à indústria e ao comércio para o final de ano. Com vendas médias – incluindo o comércio virtual e físico – cerca de quase 30% sobre o mesmo período do ano passado, reacenderam-se as esperanças de um bom movimento também no Natal. A economia brasileira ainda patina. Um crescimento do PIB de pouco mais de 1% não é grande coisa, mas é muito mais do que a quase recessão que vivemos nos dois últimos anos. O retorno, ainda que tímido, da retomada do emprego no comércio e na indústria, também é animador, embora a animação deva ser cautelosa. Há problemas na esfera internacional, com a guerra comercial travada entre China e Estados Unidos, que vem afetando a economia dos chamados emergentes, Brasil inclusive. Mas negócios são assim mesmo. Não adianta reclamar se o presidente norte-americano sobretaxar produtos brasileiros, porque acha que nossos preços tornaram-se mais competitivos no seu mercado do que seus próprios produtos. Ele está certo. Tem que defender a economia de seu país, assim como temos que aprender a defender a nossa. Não importa se o presidente é amigo de outros presidentes, primeiros ministros ou reis, ou se seus filhos brincam juntos nos quintais de suas casas. Business is business. O que importa é levarmos nossa economia adiante, desenvolvendo nossa capacidade interna de consumo e procurando também consumidores fora daqui. O aumento do preço interno do preço da carne, na maioria dos estados brasileiros, deu-se em virtude do incremento das nossas exportações no setor, porque o empresário procura o mercado externo, se esse pagar mais do que o mercado interno. O dólar valorizado em relação ao real, favorece as exportações e prejudica as importações. Logo a coisa se ajeita, como sempre se ajeitou. O que vale aqui é que, ainda que sejam nas épocas de promoções, o consumidor está voltando as lojas, dando a crer que teremos a esperança de dias, meses e anos melhores pela frente.

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