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Editorial - Editorial: Um pequeno alento
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Editorial: Um pequeno alento
Editorial: Um pequeno alento

Editorial Notícia Destaque 25/08/2021

A vacinação de mais de 60% da população itajubense contra a Covid-19, deve, de fato, ser comemorada, ainda mais quando a notícia vem acompanhada de que Itajubá, finalmente, entrou na fase mais favorável do Plano Minas Consciente, e pode voltar, finalmente, à uma relativa normalidade nas suas atividades comerciais e sociais, sem grandes restrições, permanecendo, apenas, as recomendações para a continuidade do uso das famigeradas máscaras e certo distanciamento social, este último pouquíssimo respeitado, devido às necessidades de cada um, pois que esse cada um sabe onde lhe aperta o sapato, e não vai deixar de se apinhar num coletivo para ir ao trabalho ou enfileirar-se na agência lotérica para receber seus caraminguás da aposentadoria, BPC ou auxilio emergencial, sem falar da fezinha da megasena, porque ninguém é de ferro. 

Reduziram-se o número de internações em UTIs por Covid-19, e o transporte intermunicipal vai retornando à normalidade. Se é certo que tudo isso é comemorável, depois de mais de um ano suportando o “fique em casa” preconizado por aqueles que, ou não ficaram em casa e foram para suas mansões no campo, ou ficaram em suas mansões ou confortáveis apartamentos na cidade, enquanto recomendavam a “ficar em casa” até aos moradores de rua, ou sendo espancados por guardas municipais se vistos em praças públicas (o que, felizmente, não se verificou em Itajubá), aqui ainda nos resta o temor da tal “nova cepa” das “variantes” do coronavírus, que, se nos atingir, poderá fazer tudo voltar ao “novo normal” de antes. 
As vacinas estão sendo distribuídas pelo governo federal e aplicadas pelos municípios, mas nada garante, ainda mais diante da crise político institucional criada, não por um vírus, mas por alguns homens, a partir da capital do país, que não se inventarão outros meios de atemorizar a população e, se possível, de colocar a culpa no governo central. O que deveria ser um grande alento, portanto, não passa de um fio de esperança que tudo termine logo, mas muitos de nós já concluímos que tudo somente terminará em outubro de 2022, seja lá qual for o resultado das urnas, muito mais do que o resultado das vacinas. 


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