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Alergia ao leite de vaca tem cura?
Alergia ao leite de vaca tem cura?

VariedadesEdição 78531/10/2018

Considerada atualmente um problema de saúde pública, a alergia alimentar, chama atenção pelo aumento da incidência junto com a sua gravidade em todo o mundo, estima-se que a prevalência no Brasil é de 6% em crianças e 3,5% em adultos. A alergia a proteína do leite de vaca é a alergia alimentar mais comum na infância, porém os sintomas podem aparecer em qualquer época da vida, até mesmo em idosos, contudo são mais raras.

Como se manifesta?

Os sintomas podem ser cutâneos (inchaço de pálpebras e lábios, vermelhidão e pápulas em todo corpo), digestivos (vômitos, cólicas, diarreia e dor abdominal), respiratórios (coriza, falta de ar e chiado no peito) evoluindo para uma reação anafilática potencialmente fatal quando se somam. Ocorrem comumente em minutos a horas após a ingestão do leite de vaca ou de seus derivados.

Quando começa?

Geralmente os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida, até mesmo durante a amamentação. Devido ao consumo de alimentos contendo leite de vaca pela mãe, a proteína do alimento passa para a criança através do leite materno, nos casos mais graves há necessidade da mãe fazer a restrição do leite de vaca na sua dieta para continuar amamentando o bebê sem problemas.

Em outro cenário a alergia pode aparecer no momento em que a mãe começa a complementar a amamentação com fórmulas infantis de leite de vaca, podendo acarretar sintomas na criança, quase sempre antes do primeiro ano de vida. Nesses casos existem fórmulas especiais que podem ser usadas sem risco de reações.

Existe cura para a alergia ao leite?

Quando se entende que cura é poder consumir o leite e seus derivados sem ter sintomas: SIM. Mas o principal conceito dessa pergunta é sobre tolerância. Existem diferentes tipos de tolerância, a adquirida espontaneamente e a que podemos induzir através de tratamento.

A tolerância imunológica geralmente acontece até os quatro anos de idade, é uma evolução do corpo. O sistema imunológico consegue aceitar o alimento na dieta sem manifestar sintoma algum, o paciente pode voltar a comer o alimento tranquilamente quando quiser sem se preocupar que a alergia volte, ele está curado.

E se meu filho não conseguir essa tolerância sozinho?

  Partimos então para o conceito da tolerância induzida, que é aquela que conseguimos através de um tratamento específico, o protocolo Baked ou de dessensibilização. Esse tratamento consiste em reintroduzir o leite em pequenas e progressivas doses com o intuito de induzir a tolerância, é um método seguro, que deve ser realizado com supervisão médica em ambiente adequado. Estudado no mundo inteiro, mais nos Estados Unidos, é o único método confiável que comprova que o paciente não tenha mais alergia ao leite, esse tratamento revolucionário na alergia pode ser feito também para outros alimentos, como por exemplo, o ovo.

  Existe uma vacina para a alergia?

  SIM. Mas, fique atento: Vacina é sinônimo de proteção, porém quando se trata da vacina tríplice viral, as vacinas produzidas pelo fabricante Serum Institute of India devem ser trocadas por outro fabricante, pois, é comprovado que contém traços de proteína do leite e podem causar reações graves.

Intolerância a lactose é alergia?

NÃO. Na intolerância a lactose o problema é relacionado ao açúcar do leite, a lactose, e a falta de uma enzima, a lactase, no que é responsável por quebra esse açúcar para facilitar a digestão. Na falta dessa enzima, a lactose não sendo digerida pode causar cólica, distensão abdominal, gases e diarreia, mas isso não é alergia. Nesses casos, leite e derivados sem lactose podem ser utilizados e levam a resolução desses sintomas.

A confusão entre as duas doenças é bastante comum, por isso é extremamente importante diagnosticar corretamente,  nem tudo que parece é alergia. Tem muita gente seguindo dieta de restrição alimentar sem necessidade e também outros sofrendo por falta de diagnóstico, o exame isolado perde sua significância, temos que ter muito cuidado.  É recomendado que o médico alergista seja consultado para avaliar através da história clínica e exames, se realmente existe a necessidade de restrição do alimento e qual o tratamento indicado para cada caso individual.

Dra. Pâmella Diogo Salles

Médica Alergista e Imunologista formada pela Universidade de São Paulo- USP.

Título de Especialista pela ASBAI. |  Cooperada Unimed Itajubá


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