Os agrados para satisfazer o paladar vêm depois dos olhinhos “pidões”. Mas eles podem se transformar em dor de cabeça e até causar a morte dos bichos. Nesta Ceia de Natal, cuidado: há alimentos tóxicos e/ou pouco saudáveis a eles. Os alertas são do médico veterinário Emanuel Maia, especialista em Endocrinologia Veterinária.
Desde chocolate, aos ossos que sobram da ceia, os riscos passam ainda pelo alho e cebola presentes em muitos temperos. Tudo isso é risco aos pets.
Alimentos proibidos
Chocolate: se consumido em quantidades excessivas, pode ser fatal. Ao contrário da recomendação para humanos, o chocolate amargo faz ainda mais mal aos animais. A concentração de cacau é tóxica (e, consequentemente, da substância teobromina), principalmente para gatos e cães de pequeno porte. “O organismo de cães e gatos não conseguem metabolizar adequadamente a teobromina, acarretando em problemas digestivos, desidratação, excitabilidade, ritmo cardíaco lento, epilepsia, coma e morte”, diz o médico veterinário.
Alho e cebola: em ambos há substância que gera intoxicação grave. Pode levar à icterícia, perda de sangue pela urina, provocar vômitos, apatia e prostração em decorrência de alterações metabólicas das células do sangue.
Uvas: todo cuidado é pouco, pois o formato esférico da uva e o teor concentrado de açúcar são altamente atrativos aos cães. Porém, bastam poucas unidades para causar náuseas, vômitos, desidratação, insuficiência renal, coma e até a morte.
Ossos: principalmente ossos preparados de frango, peru e peixe (assado, frito, cozido) se transformam em lancetas que podem causar perfurações no trato digestivo de cães e gatos. Se você quer dar um osso para seu cão, procure os defumados nas pet shops, esses ajudam aliviar o estresse e promovem a limpeza dos dentes. Há opção de ossos crus, mas precisam ser dados conforme orientação de médico veterinário. “Causam muita alteração no intestino, esôfago e estômago dos animais”, completa Emanuel.
Frutas cristalizadas e uvas passas: além dos malefícios das uvas que falamos acima, os açúcares das passas e das frutinhas cristalizadas são ruins. O processo de cristalização, afinal, nada mais é do que a substituição de parte da água presente nas frutas por açúcar.
Castanhas, amêndoas, nozes, castanha-do-pará, macadâmia e amendoins: as oleaginosas podem causar intoxicação nos animais. “Há risco de toxicidade por excesso de selênio, micromineral cuja dose tóxica é próxima da necessidade diária. A ingestão aguda pode, além disso, provocar diarreia e alteração hepática”, destaca dr. Emanuel.
Pães: além dos pães e biscoitos do dia-a-dia, há biscoitos amanteigados, panetones e chocotones que acumulam os riscos com chocolates e frutas cristalizadas nas receitas, como já falamos acima. Há panetones específicos para os bichos, vendidos em pet shops e que precisam ser oferecidos com moderação. O risco destes carboidratos é acumulativo. Ou seja, o perigo está em o animal engordar, ao longo do tempo, o que pode trazer alterações metabólicas em diferentes níveis, diminuindo a qualidade de vida de cães e gatos.
Bebida alcoólica: Não ofereça bebida alcoólica aos animais, em hipótese alguma. Não é brincadeira que se faça. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool é muito perigoso e pode levar à morte. Os sintomas são vômitos, agitação, incoordenação, apatia e desmaio.
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