A Cemig realiza, nesta semana, um mutirão para identificar possíveis ligações irregulares de energia elétrica, popularmente conhecidas como “gatos de energia” nas cidades de Pedralva, Monte Sião e Paraguaçu, no Sul de Minas. Na operação, a companhia irá inspecionar centenas de medidores de consumo de energia na cidade (comércios, indústrias, residências, etc) e simultaneamente pretende realizar a suspensão do fornecimento de energia (corte) de mais de 1.300 clientes que se encontram em situação de débito com a companhia. O retorno financeiro estimado pela companhia para essa operação é cerca de R$ 600 mil.
Além das inspeções de rotina, a Cemig intensificou o combate às ligações irregulares e realiza, a cada 15 dias, mutirões para minimizar o prejuízo de cerca de R$ 450 milhões anuais com o furto de energia. De acordo com Saad do Carmo, engenheiro de Controle de Perdas da Cemig, é um engano pensar que as irregularidades estão restritas aos consumidores de baixa renda.
“A prática permeia todas as classes sociais. É uma questão de cultura e estamos tentando combater isso. O prejuízo é rateado entre a Cemig Distribuição e todos os consumidores adimplentes, aumentando os custos da distribuidora e encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta”, afirma.
Ainda segundo o engenheiro da companhia, a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Por isso, a Companhia investe em operações e possui, ainda, um centro de inteligência que acompanha o consumo em tempo real de todos os seus clientes.
“Acompanhamos o consumo dos cerca de 8,5 milhões de clientes e, além de fazer a rotina diária de inspeções através dessas avaliações de consumo, fazemos mutirões em todos o estado. Temos encontrado muitas irregularidades e, ao corrigi-las, conseguimos preservar a receita da companhia”, destaca. O consumidor também pode auxiliar a companhia no combate aos gatos, a partir de denúncias de irregularidades às quais tenham conhecimento. Essas denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio telefone 116.
Regularização da medição e envio ao laboratório da companhia
Ao identificar uma suspeita de irregularidade, o eletricista da Cemig retira o medidor da unidade consumidora e o lacra em envelope específico. Logo depois, ele instala um novo equipamento e envia o antigo aparelho para o laboratório da companhia, o qual é certificado pelo Inmetro. Lá é feita uma análise detalhada para identificar o que houve com o medidor.
Vale destacar que o cliente pode acompanhar todo o processo de avaliação do medidor no laboratório certificado pelo Inmetro.
Prática é criminosa
Caso seja confirmado a irregularidade pela Cemig, o titular da unidade consumidora pode responder criminalmente, já que a intervenção é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.
“Além da sobrecarga na rede elétrica, as ligações irregulares podem causar graves acidentes e danos aos equipamentos elétricos e queda na qualidade da energia. Vale lembrar, ainda, que várias ocorrências de rompimento de fios e queima de transformadores são registradas devido a essa prática criminosa”, finaliza Saad do Carmo.
Combate à inadimplência em Varginha
A Cemig espera recuperar cerca de R$ 1 milhão de reais com o combate à inadimplência em Varginha, durante ação que acontece a partir dessa semana. Os clientes com débitos junto à companhia já podem realizar o parcelamento na Cemig Atende, agência virtual da Cemig, disponível em www.cemig.com.br . Anteriormente, os consumidores nessa situação só podiam negociar em uma das agências de atendimento presencial e Postos Cemig Fácil, que ainda continuam disponíveis para a negociação.
Para o cliente realizar o parcelamento via Agência Virtual, basta efetuar o login e procurar, na barra de pesquisa, por parcelamento. Mas existem algumas condições para a utilização do canal: o cliente não pode realizar reparcelamento, deve possuir débitos em apenas uma instalação, não pode estar cadastrado em cobrança para terceiros (doações, por exemplo). Além disso, não é possível transferência de débito de uma instalação para outra, quando o cliente possuir mais de uma instalação.
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