O Itajubá Notícias lançou, na sua última edição, a série de entrevistas com cada um dos candidatos a prefeito da nossa cidade nestas eleições, como vem fazendo em todos os pleitos eleitorais desde que chegamos pela primeira vez às bancas. Trouxemos, também na última edição, reportagem informando à população, eleitora ou não, quem são os pretendentes ao cargo de vice prefeito nas chapas de cada um dos titulares. Costuma-se não dar importância aos vices, e o anedotário popular diz até mesmo que “vice não serve nem para nome de rua”. A história das democracias mundiais prova que essa frase não tem sentido real. Com o assassinato de Kennedy nos Estados Unidos, em 1963, assumiu seu vice Lyndon Johnson, que foi o responsável pela sanção da Lei dos Direitos Civis naquele país, tentando a igualdade legal entre brancos e negros, dando prosseguimento ao projeto do seu antecessor, apesar da extrema oposição de seus próprios eleitores sulistas. No Brasil, quando o ultimo general presidente João Figueiredo teve de afastar-se do pais por 90 dias para realizar cirurgia cardíaca, assumiu o vice Aureliano Chaves, um mineiro e praticamente itajubense, que mostrou ser possível adotar-se medidas democráticas num pais que ainda vivia sob o céu de uma ditadura. Itajubá teve na figura do vice de Tigre Maia, em 1969, um sucessor à altura que, infelizmente, não pode disputar a reeleição porque não havia este instituto no Brasil naquela época. Os vices são de extrema importância, porque, seja pela vontade do titular – que pode vir a renunciar ao cargo – seja por algum fator que independa da vontade deste, poderá ter que assumir temporária ou definitivamente o cargo. Por isso é de suma importância que o eleitor saiba em quem estará votando para uma eventual substituição ou sucessão. E a informação é tudo, ainda mais nesses tempos bicudos onde as redes sociais nem sempre são – ou pouco são – confiáveis.
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