O Ministério da Educação (MEC) voltou atrás na decisão de retomar as atividades presenciais no dia 4 de janeiro em todas as universidades federais do país. A decisão do retorno das aulas consta em uma portaria publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (2).
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o texto gerou reação contrária das entidades de ensino e foi considerado por especialistas como inconstitucional. Por causa disso, o governo voltou atrás da decisão nesta tarde e revogou a portaria, assinada pelo ministro Milton Ribeiro.
Ainda de acordo com O Estado de S. Paulo, o MEC deve abrir uma consulta pública em breve para decidir sobre o retorno das atividades.
Mais cedo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) criticou a decisão do ministério. A entidade publicou uma nota dizendo que a medida colocaria "em risco a saúde de docentes, estudantes e técnicos-administrativos".
"No momento em que os casos de Covid voltaram a crescer, que os índices de transmissão também sofreram aceleração e que o sistema público e privado de saúde voltaram a ficar saturados, reabrir de forma presencial instituições de ensino que congregam milhares de pessoas todos os dias não só é uma temeridade sanitária, como um ato criminoso."
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