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Personalidades itajubenses que perdemos

Personalidades itajubenses que perdemos
Wenceslau Bráz Pereira Gomes foi a maior personalidade política itajubense até os dias de hoje. Embora nascido em Brasópolis (que na época chamava-se São Caetano da Vargem Grande), tornou-se itajubense na vida política e empresarial, chegando à presidência da República em 1914, e sendo o criador do primeiro e único banco originalmente itajubense e da maior indústria têxtil da época. Enfrentou, na presidência do país, a Primeira Guerra Mundial (1914/18) durante todo o seu mandato e, ao mesmo tempo, a febre espanhola (a Covid da época). Voltou para Itajubá onde viveu até falecer em 1966. Antônio Aureliano Chaves de Mendonça também não nasceu em Itajubá, mas em Três Pontas, mas Itajubá o considerava como filho da terra: para cá veio jovem, estudou, formou-se pela antiga EFEI (hoje UNIFEI), elegeu-se deputado estadual, federal, dirigiu a Eletrobrás, governador mineiro e chegou à vice-presidência da República (1979/1985), tendo, efetivamente, exercido a presidência por 49 dias ininterruptos em 1981, quando o titular Gen. João Figueiredo se submeteu a uma cirurgia cardíaca nos Estados Unidos. Nunca voltou a residir em Itajubá após sua formatura na EFEI, mas aqui vinha constantemente em visitas oficiais ou pessoais, já que casado com a itajubense Vivi Sanches que aqui tinha seus familiares. Faleceu em 2003, em Belo Horizonte. Luiz Carlos Tigre Maia, capitão do Exército servindo no Batalhão de Itajubá, elegeu-se prefeito em 1967, fez uma administração revolucionária para a época, mas não terminou seu mandato. Faleceu num acidente de trânsito na Rodovia presidente Dutra, próximo à cidade de Piraí (RJ) em fevereiro de 1970, juntamente com seu motorista Antônio Duarte, quando viajavam para o Rio no Chrysler Esplanada que havia adquirido para uso da prefeitura. Foi uma das mortes que mais comoveram a população itajubense e Tigre Maia ainda hoje é lembrado com carinho por nossa população. Nesta edição do Itajubá Notícias relembraremos alguns dos nomes mais icônicos da política, do empreendedorismo e das artes de Itajubá que se foram. Não chegaremos a tanto tempo atrás, como relembramos no início deste texto Wenceslau Bráz, Aureliano Chaves ou Tigre Maia, porque não pretendemos reescrever as Efemérides Itajubenses, como nosso grande e também já falecido escritor Armelin Guimarães, falecido em 2004, razão pela qual limitaremos àqueles que nos deixaram desde a inauguração do Itajubá Notícias, em julho de 2003. Não serão biografias, por falta de espaço, mas apenas uma singela homenagem a alguns dos homens e mulheres que fizeram a diferença.